Cultura: Diocese e autarquia de Setúbal unem esforços a favor da «plena fruição» da igreja do Convento de Jesus

Protocolo assinado clarificou competências na gestão no monumento

Setúbal, 27 nov 2017 (Ecclesia) – A Diocese de Setúbal assinou um protocolo com a autarquia sadina para “o funcionamento da igreja do Convento de Jesus, com o objetivo de permitir a plena fruição daquele monumento nacional”.

Em declarações publicadas no site da C. M. de Setúbal, o bispo sadino, D. José Ornelas de Carvalho, saudou a “colaboração” entre ambas as partes no sentido de garantir que este património, nacional mas também religioso, possa continuar a cumprir a sua missão.

“Nós gostamos que esta igreja seja património nacional, porque é de uma beleza incrível e única, mas também deve permanecer fiel às suas origens e à sua função religiosa”, salientou aquele responsável.

A presidente da C. M. de Setúbal, por sua vez, destacou um espaço que tem “uma carga simbólica muito grande e que deve ser gerida pela Igreja Católica como local de culto, mas também ter eventos culturais pontualmente”.

“O protocolo vem regular esta relação, que não estava muito clara no papel. Assim, fica tudo definido para que no futuro não haja dúvidas”, disse Maria das Dores Meira.

Com a assinatura deste acordo, vai caber ao município “prover, a expensas próprias, à conservação, reparação e restauro da Igreja de Jesus, segundo plano estabelecido de acordo com a Autoridade Eclesiástica”.

Será “também competência do município autorizar a utilização, para fins alheios ao culto religioso, contanto que não desdigam dele, das áreas dos imóveis cuja afetação não tenha sido confiada à Igreja, mas que constituam, com o templo, um conjunto, prevenindo para o efeito com a necessária antecedência a autoridade eclesiástica local, com o fim de se evitarem perturbações no serviço religioso”.

Quanto à Diocese de Setúbal, vai ter a cargo o “regime interno da Igreja de Jesus no que se refere ao culto e outras iniciativas da sua responsabilidade, definindo os termos e horários da sua utilização, bem como a aplicação de eventuais taxas a eles inerentes”.

De entre as celebrações especialmente sediadas na Igreja de Jesus, refere a mesma nota, assumem “significado particular”, nos termos do protocolo, aquelas que foram sendo consagradas ao longo da tradição da cidade, nomeadamente as celebrações do Senhor do Bonfim e os cerimoniais da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal.

JCP

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Agência ECCLESIA

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