Cultura da Solidariedade precisa da Comunicação Social

Eugénio da Fonseca pede também às instituições que estejam A Comunicação Social é um aliado fundamental para a cultura da solidariedade porque, pela forma como a sociedade se organizou, “tudo passa pela comunicação social, porque se não passar, não existe”. Se sublinhou Eugénio da Fonseca, Presidente – Adjunto da CNIS numa entrevista concedida ao jornal «Solidariedade». Ao fazer o balanço do primeiro ano de mandato da direcção da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o presidente-adjunto – já trabalhou com três presidentes – realça que se conseguiu formar uma “verdadeira equipa”. E avança: “tudo o que prevíamos realizar, quando este grupo se candidatou no último congresso, está a ser cumprido”. Nesta equipa coesa, a unidade criada “leva-me a afirmar que já não há vendaval nenhum que faça afundar a barca”. Com uma experiência vasta nesta área, Eugénio Fonseca sublinha naquele mensário que o período mais complicado com o poder político foi no último governo – sobretudo antes da revisão governamental e “invocando razões orçamentais, nós sentíamos que o diálogo não era tão aberto” por isso “foi uma das grandes dificuldades da anterior direcção que apanhou nesse período uma nova visão do social”. “Pôs-se em causa muita da política social que os governos anteriores tinham implementado e procurou-se fazer isso, muitas vezes, sem o diálogo suficiente” – afirmou. Actualmente, o presidente – adjunto da CNIS reconhece que “estamos perante um governo que pensa as políticas sociais, procura, tanto quanto possível, pelo menos no discurso teórico, que isso se faça em conciliação com os restantes parceiros”. A questão dos ATLs Ao abordar «a questão» dos ATLs, Eugénio da Fonseca esclareceu que a escola não estava a responder às necessidades das crianças. “Aí reconheço que a preocupação é legítima e que tinha que fazer-se alguma coisa. Agora, como neste país é habitual, parte-se do pressuposto de que nada está feito, que se tem que começar tudo do princípio”. A concretização de um “modelo misto, mais aproximado, talvez fosse mais ao encontro das necessidades das famílias e das crianças” . E completa: “julgo que se formos desapaixonados numa avaliação, tendo como único critério o bem das crianças e o serviço às famílias, se calhar vamos concluir que o modelo não serve. A percepção que vou tendo é que as crianças continuam desprotegidas, as escolas não têm condições para responder e estão-se a reproduzir modelos que são a continuidade daquilo que se contesta na escola. Não fazer da escola um espaço de cidadania e ser apenas uma oficina de escolarização é muito pesado para as crianças daquela idade”. Ao fazer referência aos acordos de cooperação entre os Estado e as Instituições, Eugénio da Fonseca apurou que “o Estado quando faz acordos de cooperação com instituições é para apoiar as famílias, não é para apoiar as instituições, porque a instituição só existe de facto se for para servir a comunidade, porque se não for para isso é melhor que feche, porque não tem razão de ser”. Ao nível das grandes causas para o sector social solidário, o Presidente – Adjunto da CNIS sublinhou que “as instituições têm que estar sempre abertas à mudança”. Quem está aberto à mudança “consegue ler os sinais do tempo e consegue actualizar as respostas que em determinado momento está a dar e que podem já não corresponder aos anseios do tempo presente. Esse é um grande desafio: o de não resistirmos à mudança”. Notícias relacionadas •Entrevista a Eugénio da Fonseca

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