Cultura: Bispo do Porto desafia Igreja a «colaborar em tudo o que aproxime povos» e tenha «como critério a humanidade»

Encontro de referentes apresentou equipas de trabalho e fez partilha de actividades dos secretariados diocesanos

Fátima, Santarém, 29 Ago (Ecclesia) – O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, desafiou hoje os responsáveis pela pastoral da cultura da Igreja Católica a “participar e colaborar em tudo o que aproxime cultura e povos” e tenha “como critério a humanidade”.

O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais apelou também ao reconhecimento “na origem e na convergência” do bem, independentemente de “quem o faça e a quem o faça”.

Os apelos foram deixados aos cerca de 30 participantes no sétimo encontro dos referentes da Pastoral da Cultura, que se realiza em Fátima este Sábado.

Segundo o prelado, a “convergência cultural está longe de ser feita”, pelo que é necessário que as actividades dos secretariados diocesanos da pastoral da cultura “insistam na consciencialização da raiz religiosa da fraternidade, com grande incidência ecuménica”.

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) propôs-se reflectir sobre “o estado da nação e o estado da alma portuguesa” a partir do “ideário da Revolução Francesa (1789) segundo uma chave cristã”, explicou o director deste organismo, padre Tolentino Mendonça.

Depois de em 2009 e 2010 ter reflectido sobre a Liberdade e Igualdade, o SNPC dedica este ano à Fraternidade, tema que vai ser desenvolvido durante a Jornada da Pastoral da Cultura, que decorrerá a 17 de Junho, em Fátima.

No entender de D. Manuel Clemente, o valor da Fraternidade, que para o cristianismo vê “um rosto” em cada pessoa, “requer disponibilidade para aceitar o outro”.

Durante o encontro, o SNPC apresentou seis equipas de trabalho dedicadas a áreas específicas, apostadas em dialogar com a sociedade e a criar “maior vitalidade”, referiu o padre Tolentino Mendonça.

Os grupos «Política e Sociedade», «Arquitectura», «Cinema e audiovisuais», «Artes plásticas e performativas», «Literatura» e «Comunicação e futuro» têm a responsabilidade de “dinamizar actividades” e interligar “o Secretariado Nacional à rede dos referentes nos seus ambientes e pertenças”, afirmou o sacerdote.

LS

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Agência ECCLESIA

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