Cultivar o terreno vocacional

Durante a semana de oração pelas vocações, de 6 a 13 de Abril, a Igreja lança sementes… O fruto aparecerá mais tarde Para compreendermos o dinamismo, a génese e o percurso de “cada vocação devemos mergulhar neste oceano imenso de graça e de santidade, de mistério e de comunhão, de serviço e de missão onde se desenvolvem a vida e o testemunho cristão de cada um de nós” – sublinha D. António Francisco Santos, bispo de Aveiro e Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, na Mensagem para a Semana de Oração pelas Vocações. Subordinada ao tema “Da Vocação à Missão”, o documento salienta que a Igreja é Missionária na sua essência e “em cada um dos seus membros, a Igreja sabe que o imperativo de viver, testemunhar e anunciar o Evangelho é de todos os cristãos desde o Baptismo e sobretudo desde a Confirmação”. A vocação tem sempre esta génese e evoca em permanência esta história: “é dom de Deus e é olhar efectivo e afectivo de amor e de compaixão redentora para com o povo”. De 6 a 13 deste mês de Abril, a Igreja recorda que vivendo como discípulos de Jesus, eles sentem-se “enviados em missão, em discretos e anónimos trajectos ou em percursos novos e corajosos junto de quem sofre e de quem trabalha pelas causas justas e urgentes de um mundo em busca de Deus, de dignidade e de esperança” – frisa o documento de D. António Francisco Santos “A oração, a alegria de ser chamado, a coragem de chamar, a disponibilidade confiante para trabalhar na pastoral juvenil e vocacional, a vida cristã das famílias, o ambiente formativo dos Seminários e das Congregações e Institutos Religiosos e o acolhimento e compromisso apostólico das comunidades e instituições cristãs” são alguns dos inúmeros momentos, meios e mediações de uma “verdadeira e criativa pedagogia da vocação” – aponta o prelado. Quebra numérica O “guia” da Igreja Católica de Portugal confirma, na sua edição de 2007, a quebra progressiva do número de Baptismos e de ordenações sacerdotais, entre outros. De 2000 a Dezembro de 2005, o número de sacerdotes diocesanos baixou de 3159 para 2934 (menos 225), enquanto que o clero religioso manteve praticamente o mesmo número. A situação de 2005 mostra que por cada dois padres que morrem (nesse ano foram 80), apenas um é ordenado (41 novos sacerdotes). Apesar desta quebra no número de padres, a esmagadora maioria das mais de 4 mil paróquias continuam confiadas à administração sacerdotal (99,54%) e apenas 20 paróquias são administradas pastoralmente por diáconos, religiosas e leigos, número aliás que tem vindo a decrescer de forma consistente. Notícias relacionadas • Mensagem de Bento XVI • Mensagem de D. António Francisco Santos

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