Portugal tem uma grande falta de unidades de cuidados paliativos, alerta o Coordenador Nacional da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde a propósito da mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente. Segundo o Padre Feytor Pinto, é preciso uma maior sensibilidade para estes doentes que são muitas vezes esquecidos pela sociedade. Este responsável coloca o “dedo na ferida” e lembra em Portugal existem apenas oito unidades de cuidados paliativos. O Padre Feytor Pinto comentou também a decisão tomada esta quinta-feira pelo representante da Santa Sé nas Nações Unidas, durante o debate sobre a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O Vaticano não subscreve o documento por prever a possibilidade de aborto para os casos em que se detectem anomalias no feto. Uma perspectiva que deve ser criticada, diz o Padre Feytor Pinto. “Em vez de fazer avançar a doença para que estas coisas não aconteçam e, quando acontecem sejam superadas, não, elimina-se a vida à nascença ou antes do nascimento, até”, sublinhou.