São João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco dialogaram com o líder cubano que morreu hoje, aos 90 anos
Lisboa, 26 nov 2016 (Ecclesia) – Fidel Castro, o líder cubano falecido na noite de 25 de novembro, governou o país durante décadas e encontrou-se com São João Paulo II, o Papa emérito Bento XVI e o Papa Francisco.
"O comandante-chefe da revolução cubana morreu esta noite às 22h29 [03h29, hora de Lisboa]", anunciou Raul Castro, irmão do histórico líder e atual presidente de Cuba, numa comunicação através da televisão.
O corpo de Fidel Castro vais ser cremado, cumprindo-se a sua “vontade expressa”, e foram decretados nove dias de luto nacional.
Fidel Castro tinha 90 anos e abandonou o poder há 10 anos, por problemas de saúde, depois de ter estado 47 anos à frente do regime socialista.
Fidel Castro encontrou-se com o Papa Francisco em 2015, com o Papa emérito Bento XVI em 2012 e em 1998 com São João Paulo II.
Em 2015, durante a visita do Papa Francisco a Cuba, os dois líderes encontraram-se de forma privada, num encontro "muito familiar, muito informal, de mais ou menos meia hora, 40 minutos”, assinalou na altura, o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, acrescentando que Francisco foi recebido pela esposa de Fidel Castro, juntamente com filhos e netos.
Nesse ano celebrou-se o 80.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a República de Cuba e a Santa Sé, que nunca foram interrompidas, reforçadas pelas viagens ao país de São João Paulo II (1998) e Bento XVI (2012).
O agora Papa emérito encontrou com Fidel Castro à porta fechada, a 28 de março de 2012 na Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé) em Havana, à porta fechada, durante cerca de meia hora, anunciaram os serviços de informação do Vaticano.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Vaticano referiu na ocasião que a reunião foi “muito cordial” e abordou questões da atualidade mundial, temas de ciência, cultura e ecologia.
São João Paulo II esteve com Fidel Castro no dia 22 de janeiro de 1998, no Palácio de La Revolución, durante a visita pastoral que fez à ilha caribenha entre 21 e 26 desse mês, marcada pelo apelo “que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba”.
OC/LS/PR
(Noticia atualizada às 11:10)