Primeira Missa na capital do arquipélago marcada para domingo
Havana, 19 set 2015 (Ecclesia) – O Papa foi hoje recebido por milhares de pessoas nas ruas de Havana, no percurso de 18 quilómetros entre o aeroporto internacional e a nunciatura apostólica (embaixada da Danta Sé) em Cuba.
Francisco deslocou-se num carro aberto e parou junto da multidão nos jardins da nunciatura, para cumprimentar as pessoas que se tinham reunido no local.
Segundo o porta-voz do Vaticano, 100 mil pessoas estiveram ao longo do percurso para seguir a terceira visita papal na história de Cuba.
No voo que levou o Papa de Roma a Havana, cumprimentou os 76 jornalistas que o acompanharam e falou num mundo “sedento de paz”.
“Penso que hoje o mundo está sedento de paz, existem as guerras, os migrantes que fogem, esta onda migratória que foge das guerras em busca de trabalho, de futuro”, assinalou.
Francisco confessou que se emocionou “muito” esta manhã ao despedir-se de uma das duas famílias de refugiados que foram acolhidas pelo Vaticano.
“Via-se a dor no rosto dessas pessoas”, referiu.
O Papa agradeceu o trabalho dos jornalistas, que convidou a “construir pontes”, em favor da paz.
Francisco vai presidir este domingo à Missa na Praça da Revolução, pelas 09h00 (14h00 em Lisboa), antes de encontrar-se de forma privada com Raul Castro, presidente cubano.
Durante a celebração eucarística, o Papa vai dar a Primeira Comunhão a cinco crianças, um gesto que simboliza o “crescimento” da Igreja Católica, segundo o diretor da sala de imprensa da Santa Sé.
As estatísticas divulgadas hoje pelo Vaticano mostram que há mais de 6,7 milhões de católicos em Cuba, correspondendo a 60,5% da população total da ilha.
A agenda de domingo inclui uma oração com membros do clero e religiosos, bem como uma saudação aos jovens no Centro Cultural Padre Félix Varela.
O porta-voz do Vaticano afirmou ainda que é possível que o Papa se encontre com Fidel Castro.
OC