«Cruz dos Jovens» é uma saudável provocação

Director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil mostra-se satisfeito com a passagem por Portugal

Jovens de nove Dioceses estiveram já com a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), chegada ao nosso país no passado dia 8 de Agosto, numa iniciativa vista como “provocação” saudável.

O padre Pablo Lima, director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), defende que “num tempo em que, na Europa, as pessoas querem esconder o cristianismo e pretendem retirar os crucifixos dos espaços públicos, é uma sadia provocação que esta Cruz, de dimensões tão generosas, esteja a atravessar os caminhos de Portugal”.

“Uma das graças desta visita é o facto de convidar os jovens a apresentarem a sua fé pelas ruas, levando este sinal do amor de Cristo a todo o lado, como o Papa João Paulo II pediu”, ao entregá-la aos jovens, há 26 anos atrás, refere ao Programa ECCLESIA.

Neste dia 12, a Cruz está a passar simultaneamente pelas dioceses de Viseu e da Guarda. O responsável pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil da Guarda (SDPJG), padre Jorge Castela, considera esta associação como um “sinal de Igreja, já que a Cruz não é minha, não é tua, é nossa”.

Até às 23 horas de Qionta-feira, a Cruz dos Jovens vai estar entre a comunidade de Fornos de Algodres, em ambiente de oração e de comunhão com as pessoas. Trata-se de uma escolha perfeita, para o sacerdote, já que “aquela localidade pertence à diocese de Viseu e faz parte do distrito da Guarda”.

O director do SDPJG acredita que os jovens ficam marcados por esta caminhada que fazem. “Mesmo que não houvesse Jornadas Mundiais da Juventude, no próximo ano, a Cruz iria tocar fundo no coração deles”, realça o padre Jorge Castela.

Em Aveiro, no dia anterior, Pedro Bandeira, referiu ser “um privilégio poder estar entre aqueles que abraçaram a Cruz”.

Este colaborador do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional de Aveiro (SDPJV) disse ainda não fazer ideia da grandiosidade que a Cruz tem, por ser difícil encontrar um limite. “Primeiro sente-se uma responsabilidade, porque o Papa João Paulo II depositou em nós esta confiança. É uma força muito grande”, destaca.

Cecília Vigário, outra jovem da diocese de Aveiro que marcou presença na recepção à Cruz, mostrava-se muito satisfeita, revelando que “já ansiava por este encontro há muito tempo” e que esta era uma oportunidade para “fazer algo por toda a diocese”.

Para Ondina Matos, a directora do SDPJV, a iniciativa permite que as pessoas percebam que “os jovens e a Igreja estão presentes na sociedade, das mais diversas formas”.

O programa de acolhimento à Cruz, em Aveiro, procurou envolver a diocese, levando a população a marcar presença no grande momento de oração, que teve lugar na Igreja das Carmelitas, aquando da chegada do símbolo.

Á noite, para além de um Festival da Juventude, organizado no Cais da Fonte Nova, os jovens tiveram ocasião de animar as pessoas durante uma peregrinação da Cruz em Moliceiro, pelo canal da ria de Aveiro, até à Sé.

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Agência ECCLESIA

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