«Cristofobia» é tão condenável quanto o anti-semitismo

O secretário vaticano para as Relações com os Estados referiu que a discriminação e a intolerância com os cristãos deve ser enfrentada com a mesma determinação com a qual se combatem o anti-semitismo. Esta posição foi assumida por D. Dominique Mamberti aso participantes do Meeting de Rímini, encontro promovido pelo Movimento Comunhão e Libertação, onde recordou a onda de violência anti-cristã na Índia. D. Mamberti afirmou que a Santa Sé “não se cansa de afirmar que o fundamento do direito à liberdade religiosa se encontra na própria dignidade de todas as pessoas humanas”. Em muitos países “os cristãos são vítimas de preconceitos, estereótipos e intolerâncias, às vezes, culturais”, afirmou, recordando o fenómeno denominado «cristofobia» –expressão introduzida pela primeira vez em 2003 numa resolução do Terceiro Comité da 58ª Assembleia Geral da ONU, e que compreende os actos de violência e perseguição, intolerância e discriminação contra os cristãos, ou uma educação errónea ou a desinformação sobre o cristianismo. “Seria um paradoxo omitir a adopção de medidas concretas para garantir que os cristãos gozem de liberdade ou criar uma espécie de “hierarquia” das intolerâncias, precisamente quando se trata de eliminar a discriminação e a intolerância”, frisou o secretário vaticano. “Absolutizar a tolerância significa transformá-la em valor supremo, mas isto secundariza a verdade e relativiza-a”. À luz desta convicção, “a Santa Sé conseguiu que, no âmbito do chamado «programa sobre tolerância» da OSCE (Organização para a Segurança e cooperação na Europa), não se trate exclusivamente dos graves fenómenos do anti-semitismo e da discriminação contra os muçulmanos, mas inclua também os inaceitáveis episódios de intolerância contra os cristãos”.

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