O presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos, um movimento que agrupa cristãos de várias confissões, lançou um apelo à ONU pedindo o estatuto de refugiados sem pátria para os cristãos de Orissa. O apelo vem no decorrer do encerramento de pelo menos um dos campos de refugiados que albergavam os cristãos perseguidos, deixando 900 pessoas sem sítio para onde ir, uma vez que não serão aceites de volta nas suas aldeias enquanto não se converterem ao hinduísmo. Na sua carta às Nações Unidas, Sajan K. George coloca o número de mortos nas centenas e realça a magnitude da violência, concluindo que “a comunidade cristã parece ter perdido toda a fé na capacidade do Governo para proteger a vida e a propriedade dos seus cidadãos, especialmente quando estes pertencem à minoria cristã”. Notando que as leis do país claramente não têm qualquer peso no Estado de Orissa, Saran K. George pede à organização internacional que evite uma interpretação estritamente legalista do problema, uma vez que se perdem vidas todos os dias. “Os cristãos de Orissa pedem para ser considerados Refugiados «Prima Facie» de forma a poderem ser cobertos pelas estruturas legais existentes e salvaguardarem a sua dignidade humana de abusos e violações”, refere.