Cristãos não devem ter uma «cultura de sacristia»

Pediu o Bispo de Viana na abertura das aulas da Escola de Teologia, em Viana Na sessão solene de abertura das aulas da Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas (ESTCH) do Instituto Católico de Viana do Castelo, D. José Augusto Pedreira disse que os cristãos não podem ficar com uma espécie de «cultura de sacristia para uso próprio ou para uso privado da Igreja». Dirigindo-se aos alunos e finalistas da ESTCH, o Bispo de Viana lembrou que a sociedade está em acelerada transformação e que os cristãos têm de adquirir uma linguagem capaz de dialogar com ela. «Temos que ser capazes de dialogar os nossos valores com a sociedade. Assim, vamos contribuir para formar a inteligência e a sabedoria da bondade do coração», disse. Segundo o Bispo de Viana, a ESTCH desenvolve um ensino/ aprendizagem que permite aos alunos adquirir uma capacidade mental que os torna capazes de viver a fé entendida e transmitida numa linguagem renovada. As disciplinas teológicas, disse D. José Pedreira, devem ser ensinadas à luz da fé, de tal forma que os alunos «possam encontrar com exactidão a doutrina católica da revelação divina, a penetrem profundamente, façam dela alimento da sua vida espiritual e se tornem capazes de a anunciar, expor e defender no ministério sacerdotal ou enquanto fiéis leigos». O Bispo de Viana lembrou aos alunos que os estudos eclesiásticos não dispensam uma formação humanística e científica e que a teologia precisa ser enquadrada nos conhecimentos da ciência dos dias de hoje. D. José Augusto Pedreira felicitou os três finalistas do Curso Teológico-Pastoral e os jovens que concluíram com aproveitamento o curso de animadores de jovens. «Podeis olhar o mundo com outros olhos. Olhos que vos permita compreender melhor o lugar que devemos ocupar neste mundo», disse o prelado. Escola mostra nova biblioteca A ESTCH, que tem um pólo a funcionar em Ponte de Lima, mostrou à comunidade educativa a sua biblioteca. Um sonho antigo, como referiu o seu director padre José Correia Vilar. «Agora falta ordenar e colocar os livros já existentes e aguardamos a cedência de espólio bibliotecário de quem não quiser ver sobrinhos ou familiares a queimar cultura», disse. No 24.º ano de funcionamento do estabelecimento, o padre José Vilar afirmou que a instituição se sente desafiada a continuar a inventar formas novas para ajudar a maturação dos cristãos e alargar o seu campo de acção. O director da escola assinalou o voluntariado de dirigentes e professores e ainda as horas extras dos funcionários.Um voluntariado necessário, tendo em conta a «magreza dos investimentos». Com uma despesa anual de 15 mil euros, a ESTCH não recebe qualquer apoio estatal o que, segundo o padre José Vilar, garante a independência ideológica e política. A escola conta apenas com uma ajuda da autarquia local e com apoios de instituições religiosas e paróquias «atentas à formação religiosa». Curso de acólitos em 2008 A par de uma conferência proferida por José da Silva Lima, a sessão ficou marcada pela entrega dos diplomas e pela apresentação do 13.º número da revista “Memória”, uma publicação que compila o que de mais relevante se passa na instituição. A revista está disponível na livraria do Instituto Católico de Viana. A par da revista, a direcção da escola apresentou o anuário com a programação para este ano lectivo. De 28 a 31 de Janeiro de 2008, a ESTCH realiza a sua XVI Semana de Estudos Teológicos. Também no próximo ano, a ESTCH deverá iniciar um curso de leitores/acólitos destinado a agentes de pastoral paroquial e diocesana no campo da liturgia. O curso deverá iniciar no Verão em Viana e no pólo de Ponte de Lima. Este ano lectivo, o curso teológico- pastoral da ESTCH tem 24 alunos inscritos em Viana do Castelo e 21 no pólo de Ponte de Lima.

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Agência ECCLESIA

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