Cristãos e muçulmanos unidos pela liberdade

A sala de imprensa da Santa Sé divulgou esta Terça-feira o comunicado final de um encontro entre representantes católicos e muçulmanos, no Irão, com apelos em favor da liberdade religiosa.

“A fé, pela sua própria natureza, requer liberdade”, indica o documento surgido após um encontro no centro para o diálogo inter-religioso da organização da cultura e relações islâmicas (Teerão) e o Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso.

A delegação do Vaticano foi liderada pelo Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do referido Conselho.

“A liberdade religiosa, como direito inerente à dignidade humana, deve ser sempre respeitada pelos indivíduos, actores sociais e o Estado”, pode ler-se na declaração conjunta, com seis pontos.

Cristãos e muçulmanos assinalam que “os crentes e as comunidades religiosas, baseadas na sua fé em Deus, têm um papel específico a desempenhar na sociedade”.

“A religião têm uma dimensão social inerente que o Estado tem a obrigação de respeitar, pelo que, também no interesse da sociedade, não pode ser confinada à esfera privada”, pode ler-se.

As duas delegações consideram necessário que “cristãos e muçulmanos, bem como todos os crentes e pessoas de boa vontade, cooperem na resposta aos desafios modernos, promovendo valores morais, justiça e paz”.

Estes colóquios decorrem regularmente desde 1994 e a sua próxima edição terá lugar em Roma, dentro de dois anos.

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