Bento XVI assinalou ontem a celebração da Páscoa pelas Igrejas do Oriente, a quem enviou uma saudação especial: “Christos anesti! Christos vaskries!” (Cristo ressuscitou!). “Que o Senhor ressuscitado leve a todos os dons da sua luz e da sua paz”, pediu. As Igrejas de Rito Bizantino, para a celebração da Páscoa, seguem até hoje o “calendário juliano”, que apresenta um atraso de 13 dias em relação ao nosso calendário civil. Em 2006, os fiéis de Rito Bizantino celebraram a Páscoa neste Domingo, 23 de Abril, uma semana depois da celebração no Rito Latino. Os imigrantes de Leste residentes em Braga e arredores celebraram a Páscoa na igreja da Lapa. Um momento especial que os faz sentir mais próximos de casa, como explicou ao Diário do Minho o padre ortodoxo Vasil Bundzjak: “As pessoas sentem muita falta do seu país, muitas saudades da família”. A comunidade de Leste presente no Porto, viveu o Tríduo Pascal , celebrado nos dias 20, 21 e 22, na Igreja onde habitualmente se reúne esta comunidade, na Rua da Constituição. A vivência mais forte foi a grande Vigília Pascal, presidida pelo Bispo Ilarion Rudnyk, que este ano teve já o Padre Vasyl Savchuk a concelebrar. Esta Celebração, que habitualmente congrega um muito elevado número de pessoas, tem tido o número de participantes a aumentar de ano para ano, tendo este ano ainda mais gente do que nos anos anteriores. No fim da Celebração Eucarística, teve lugar, como já é habitual, a tradicional benção dos cestos, com o Bolo – Paska – típico da Páscoa e os ovos cozidos, símbolo de vida nova. Num gesto carregado de sentido e alegria, iluminando os cestinhos com a vela usada na Vigília, as pessoas transportam assim, a benção e a luz de Jesus Ressuscitado para a mesa da festa em família, nas suas casas. O Secretariado Diocesano das Migrações do Porto, viveu este momento forte com esta “nova” família, assegura Maria Eduarda Viterbo em nota enviada à Agência ECCLESIA.