Mais 80 mil Católicos da Europa central passaram neste fim-de-semana pela cidade austríaca de Mariazell para a “Peregrinação dos povos”, um evento promovido pelas Conferências Episcopais da Áustria, Bósnia, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Polónia, República Checa e Hungria. Os Bispos destes oito países desafiaram os peregrinos a serem “cristãos missionários”, lembrando que o Velho Continente tem muitas pessoas que “apenas conhecem Cristo de forma superficial ou que nem o conhecem de todo”. “Não escondais a vossa fé! Não permaneçais à margem do caminho para o futuro comum, procurai alianças com todas as pessoas de boa vontade”, diz a mensagem final do encontro, redigido pelos episcopados que promoveram a iniciativa de Mariazell. A peregrinação teve como ponto central a interrogação “Que devemos fazer como cristãos na Europa?”. Entre as soluções apresentadas estão a promoção da solidariedade, a protecção da vida e a salvaguarda da “cultura do Domingo”. “As nossas comunidades paroquiais deve tornar-se cada vez mais escolas de oração”, afirma-se. O documento sublinha que os cristãos deveriam conhecer melhor a estrutura geral da fé cristã “para que possamos ser levados a sério no encontro com as outras religiões e os outros modelos de vida”. Conscientes da actual tendência para uma laicidade agressiva dentro da Europa, que via banir do contexto público a acção da religião, os Bispos pedem aos cristãos que mostrem “o sinal da cruz e outros símbolos e ritos, na vida privada e pública”. Em relação à solidariedade, os Bispos da Europa Central pedem que esta peregrinação dos povos seja “uma etapa importante do percurso iniciado no coração do nosso continente”. A peregrinação a Mariazell não é o ponto final desta iniciativa. No próximo Outono, os presidentes das oito conferências episcopais irão encontrar-se em Bratislava.
