Liga Operária Católica de Braga lamenta que atual conjuntura económica esteja a contribuir para uma diminuição dos direitos das pessoas
Braga, 12 dez 2011 (Ecclesia) – A equipa diocesana da Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC-MTC) de Braga insurgiu-se hoje contra a falta de políticas mais humanas no mercado de trabalho.
Numa mensagem de Natal enviada à Agência ECCLESIA, aquele organismo sustenta que “a ganância está a matar as aspirações de quem quer trabalhar” e “aponta ao dedo” àqueles que “por trás da capa de gestores sem escrúpulos”, estão a “roubar o pouco que resta das economias dos mais pobres e desfavorecidos”.
“Agem como ‘feras’ esfomeadas em busca das vítimas indefesas, impondo tempos de trabalho sem controlo, reduzindo vencimentos, fragilizando as leis de proteção dos mais pobres, aumentando os impostos, impedindo o acesso gratuito aos bens de primeira necessidade como a saúde, a educação e a justiça”, realça o documento.
Num texto onde se criticam implicitamente as medidas de austeridade que têm sido aplicadas pelo Governo, em tempo de crise, a delegação bracarense da LOC-MTC lamenta que a atual conjuntura económica esteja a contribuir para uma diminuição progressiva dos direitos dos trabalhadores.
“Parece que nos anestesiaram colocando-nos numa situação de medo, de angústia e impotência perante uma avalanche que caiu sobre proteção social e humanitária”, acrescenta a mensagem.
Colocando-se ao lado de todos de todas as “famílias trabalhadoras, que precisam de um salário, dum subsídio ou de uma pensão para sobreviver”, os operários católicos apresentam um conjunto de propostas que “se forem ouvidas pelos poderosos da terra poderão contribuir para a construção de uma nova sociedade”.
A LOC-MTC de Braga defende “a partilha do trabalho e da riqueza, recusando o aumento do tempo laboral e pugnando pela sua diminuição para que todos tenham emprego”.
No que diz respeito ao desemprego, propõe a “procura de novas oportunidades de emprego” e a aposta “na valorização de conhecimentos através da formação contínua”.
Aquele organismo destaca ainda o contributo que os reformados podem dar à sociedade, enquanto portadores de um conjunto de “saberes” que podem ser canalizados para “associações cívicas em favor do bem comum”.
JCP