Crise: Símbolos da Páscoa na bandeira de Portugal precisam de «alma nova», diz bispo de Vila Real

Mensagem pascal de D. Joaquim Gonçalves constata «afastamento da Confissão e dos Crucifixos»

Vila Real, 26 abr 2011 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real considera que “os símbolos da Páscoa de Jesus” presentes na bandeira nacional pedem uma “alma nova”, aludindo aos cinco escudos que, segundo algumas interpretações, evocam as chagas sofridas por Cristo na crucificação.

Na mensagem pascal enviada à Agência ECCLESIA, D. Joaquim Gonçalves considera que a Páscoa (palavra que significa ‘passagem’) implica a renovação das famílias, escola, administração pública, empresas e sindicatos.

“A crise económica e financeira” de Portugal só se resolve pela “mística pascal”, assinala o prelado, defendendo que “morte do egoísmo e da vaidade de cidadãos e governantes que invadiu as estruturas sociais” deve dar lugar ao “homem novo” sonhado por muitos “mas que só Jesus produziu”.

Depois de referir que a “morte dos comportamentos negativos” exige “humildade”, “coragem” e “verdade”, o prelado lamenta a “atitude muito generalizada” de tentar “encontrar uma Páscoa sem Quaresma, uma ressurreição sem morte, uma fé sem conversão, de que são sinais o afastamento da Confissão e dos Crucifixos”.

No texto intitulado ‘A necessidade do homem novo’, Joaquim Gonçalves realça que a ressurreição de Cristo “ocupa na mensagem cristã um lugar central”: “Pode dizer-se que a fé e a piedade de uma pessoa dependem do lugar que a Páscoa ocupa nos seus esquemas culturais e de ação”.

Entre o domingo de Páscoa, em que se celebra a ressurreição de Cristo, e 12 de junho (dia de Pentecostes, termo de origem grega que significa ‘cinquenta dias’), a Igreja Católica vive o “Tempo Pascal”, o período mais significativo do seu calendário litúrgico.

RM

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