Clero da Diocese diz que a miséria está a crescer, com «aspectos inéditos» e pede aos fiéis que reforcem o fundo de solidariedade diocesano A Diocese do Porto está preocupada com o impacto crescente da crise económica na região, temendo que a mesma assuma maior gravidade do que no resto do país. O tema esteve em debate num encontro de padres com o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, particularmente centrado nas incidências da actual crise económico-social na população de mais de dois milhões de pessoas que o território da diocese abarca. Presentes nesta sessão do Conselho Presbiteral, principal órgão de aconselhamento do Bispo, estiveram os presidentes das principais instituições diocesanas de acção sócio-caritativa, como a Cáritas, o Secretariado Diocesano da Pastoral Social e a Obra Diocesana de Promoção Social. Segundo comunicado enviado à Agência ECCLESIA, “todos confirmam, a partir da experiência das instituições que dirigem, o crescer da miséria e os aspectos inéditos de que se reveste”. Após uma reflexão que contou com a presença de Alberto de Castro, professor da Faculdade de Economia e Gestão da UCP-Porto, os participantes concluíram que nenhuma insitituição “possui a capilaridade, a rede de proximidade que a Igreja Católica possui, em todo o território”. “Nestes tempos de crise, esta característica que só nós temos assume carácter de dever de proximidade a todas as formas de pobreza, a todas as pessoas em dificuldades, o que constitui uma exigência acrescida e indeclinável para as nossas Comunidades, para os seus membros e suas instituições vocacionadas para a acção nesta área”, afirmam. Para o clero do Porto, a Igreja “pode provocar encontros entre pessoas e instâncias das quais resultem iniciativas concretas de ajuda e experiências de novos caminhos de solidariedade e de desenvolvimento económico que nos D. Manuel Clemente decidiu, com a aprovação unânime do Conselho, que o contributo penitencial da Quaresma que se aproxima se destinará integralmente ao” fundo de solidariedade diocesano”, que permite, através das instituições diocesanas de acção sócio-caritativa, “ir ao encontro de muitas necessidades”. Notícias relacionadas • Comunicado final do Conselho Presbiteral do Porto