Lisboa, 16 dez 2013 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) afirmou hoje que está “na hora de pôr um ‘stop’ na austeridade” e de o Governo “apontar um caminho de sobriedade”.
“Dados recentes vêm mostrar que, no Estado, ainda não há suficiente sobriedade”, disse o padre Lino Maia aos jornalistas no final de um encontro com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, sobre o guião para a reforma do Estado.
Para este responsável, é importante que “se opte pela sobriedade e se inverta o discurso de austeridade”, mudança que “implica uma atitude correta”.
O presidente da CNIS sustentou que “não é possível já cortar mais” e disse que a organização irá apresentar propostas ao Governo, dando como exemplo a necessidade de um “bom ordenamento do território”.
“Temos um país com zonas bastante deprimidas, desertificadas”, adiantou, lamentando que o Estado esteja a “a abandonar” essas áreas.
O padre Lino Maia frisou ainda que “as instituições não podem substituir o Estado”, que tem de assumir as suas responsabilidades na área social.
“Eu sou absolutamente contra uma demissão do Estado nesta área. Sou absolutamente a favor da contratualização” com as instituições, acrescentou o responsável, citado pela Lusa.
“As instituições fazem muito e muito bem onde fazem, mas não chegam a todos e não são responsáveis pelas políticas”, precisou.
OC