Crise: Portugal aderiu à marcha dos «indignados»

Presidente da JOC considera que «o rumo da sociedade coloca cada vez mais em causa a pessoa e a sua dignidade»

Lisboa, 15 de out 2011 (Ecclesia) – A presidente da Juventude Operária Católica (JOC) considera que “há uma certa passividade” na sociedade por isso a JOC subscreveu o manifesto contra a degradação das condições de vida e de apoio à marcha dos «indignados»

Em declarações à Agência ECCLESIA Elisabete Silva realça que a JOC subscreveu o manifesto de apoio “à manifestação dos indignados” porque “como cristãos não poderiam fazer outra coisa”.

São cerca de mil, as manifestações marcadas para este sábado em várias cidades europeias e mundiais porque consideram que “o rumo da sociedade coloca cada vez mais em causa a pessoa e a sua dignidade”.

No seu manifesto afirmam-se como “gerações à rasca, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as condições de vida” e apelam a uma “democracia participativa, pela transparência nas decisões políticas e pelo fim da precariedade de vida”.

A presidente da JOC não participou na manifestação – “por motivos de agenda já tinha outros compromissos também relacionados com a dignidade no trabalho “ – mas, espera que “seja um processo pacífico”.

Em resposta a um apelo internacional, mas com reivindicações que refletem o atual estado de degradação das condições de vida no país, mais de uma dezena de movimentos cívicos, aos quais todos os dias se juntam novas organizações, vão partir da Praça do Marquês de Pombal (Lisboa) e caminhar até ao Parlamento, onde reunirão de forma pacífica, em assembleia popular.

Estão também agendados protestos noutras cidades – Angra do Heroísmo, Braga, Coimbra, Faro e Porto – e há apelos para que em todas as capitais de distrito as pessoas façam ouvir a sua voz.

Os coletivos defendem “uma democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de exceção e um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada”.

Um dos movimentos subscritores a JOC surgiu na Bélgica em 1925, por iniciativa do padre Joseph Cardijn, e chegou a Portugal 10 anos depois, assumido como missão “a libertação dos jovens trabalhadores”.

LFS

 

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Agência ECCLESIA

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