Francisco escreveu mensagem no âmbito da 47.ª Semana Social dos Católicos Italianos, que decorre até domingo em Torino
Cidade do Vaticano, 13 set 2013 (Ecclesia) – A Igreja Católica de Itália está a promover até ao próximo domingo, na cidade de Torino, a 47.ª edição da Semana Social, subordinada ao tema “a família, esperança e futuro para a sociedade italiana”.
Numa carta enviada ao presidente da Conferência Episcopal Italiana, publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa sublinha a importância de apontar caminhos para o apoio e proteção das famílias que não têm acesso ao “emprego, à habitação, à educação”.
“Ninguém pode ignorar o sofrimento de tantas famílias, mesmo daquelas envolvidas em conflitos internos, por falta de experiência conjugal e familiar, pela violência infelizmente escondida e que causa tantos danos”, realça Francisco.
Na missiva remetida a D. Angelo Bagnasco, o Papa aponta também o encontro como uma oportunidade de “recordar o testemunho simples, belo e corajoso de inúmeras famílias que vivem hoje a esperança do matrimónio” e acolhem “com alegria” o dom dos filhos.
“Iluminadas e sustentadas por Cristo, elas não têm medo de enfrentar os momentos de cruz que, quando encarados em união com a cruz do Senhor, não impedem o caminho do amor, antes o tornam mais forte e mais completo”, realça.
Nascida em 1907, por iniciativa sobretudo de Giuseppe Toniolo, leigo, professor e economista beatificado há cerca de um ano, a Semana Social dos Católicos Italianos tem como principal objetivo ajudar a Igreja e as comunidades cristãs a refletirem e a trabalharem pelo “bem-comum”.
Uma vez identificadas as soluções, delineados os projetos, estes devem ser consolidados e propostos à sociedade – sustenta Francisco – porque todos, crentes e não crentes, são chamados a participar na resolução dos problemas deste tempo.
O Papa destaca a necessidade de apoiar as famílias mais desprotegidas, através de uma ação “verdadeiramente solidária e fraterna”, que toque todas as gerações.
“Um povo que não cuida dos idosos, das crianças e dos jovens não tem futuro, porque negligencia a sua memória e descura a sua subsistência”, alerta Jorge Mario Bergoglio, que recorda o exemplo do beato Giuseppe Toniolo.
“A figura do beato Toniolo faz parte daquela parcela luminosa de católicos leigos que, mesmo no meio das dificuldades do seu tempo, quiseram e foram capazes de, com a ajuda de Deus, contribuir de forma profícua para a procura e construção do bem comum”, salientou.
JCP