Crise: Misericórdias temem pela sua sustentabilidade

Lisboa, 30 set 2011 (Ecclesia) – A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) alertou esta quinta-feira para os “riscos sérios para a sustentabilidade financeira” destas instituições provocados pelo aumento dos preços de bens como luz e água e uma eventual subida dos impostos.

Esta posição surgiu no final do Conselho Nacional da UMP, que reuniu extraordinariamente, em Lisboa, “no quadro da grave crise económica, financeira e social que o país atravessa”.

A UMP alertou para o “aumento significativo e crescente da procura dos serviços das misericórdias, numa altura em que também estas instituições se veem com maiores despesas”.

Para tal está a contribuir o “atraso significativo do Estado nos pagamentos resultantes de obrigações contratuais já assumidas com as misericórdias”.

No encontro com a comunicação social, o presidente da UMP, Manuel Lemos, chamou a atenção para o “exemplo gritante” do aparecimento de novos pobres que se traduzem no aumento muito significativo dos utentes das cantinas sociais.

Apesar de se manifestar um otimista, Manuel Lemos frisou a necessidade de o Governo cumprir os compromissos contratuais assumidos.

A UMP decidiu ainda, neste encontro, transmitir à opinião pública e aos agentes políticos que “se o Estado não cumprir pontualmente as suas obrigações para com as misericórdias estará em risco a almofada social que estas proporcionam sobretudo aos portugueses mais carenciados”.

Lusa/OC

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