Crise: Marcelo Rebelo de Sousa agradece «contributo» dos universitários católicos

No meio académico e ao serviço de instituições sociais, ajudaram a mitigar «o sacrifício dos portugueses», salientou o presidente da República

Lisboa, 17 out 2016 (Ecclesia) – O presidente da República destacou o “significativo contributo” que os universitários católicos deram ao longo do período de crise em Portugal, durante o primeiro encontro de núcleos de estudantes católicos das faculdades de Lisboa.

Numa mensagem vídeo enviada ao evento, e remetida à Agência ECCLESIA pelo gabinete de imprensa do Patriarcado de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o empenho que muitos destes alunos, jovens e adultos, mostraram não só no meio académico mas também na sociedade civil, ao serviço de “instituições de solidariedade social, em Misericórdias, em instituições culturais”.´

“A crise foi porventura menos crítica ou menos penosa no sacrifício dos portugueses devido ao contributo de instituições em muitas das quais está presente o vosso papel”, salientou o presidente da República, expressando uma “gratidão” que representa também o reconhecimento de “todos os portugueses”.

O primeiro encontro de núcleos de estudantes católicos das faculdades de Lisboa (NECTalks), promovido este sábado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, teve como tema central “Transformados em Cristo, transformaremos o mundo”.

Durante o evento, vários oradores, entre os quais o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e vários professores e alunos, abordaram “os desafios que se colocam hoje aos universitários”.

Na sua mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a sua ligação à Universidade Católica Portuguesa, “a sua casa”, onde esteve “50 anos”, primeiro “enquanto estudante” e depois como “professor”, uma “faculdade de direito e de justiça”.

O presidente da República salientou ainda a proximidade que, apesar dos seus compromissos como chefe de Estado, ainda mantém com os jovens universitários.

“Sinto-me bem no meio de vós, partilho as vossas alegrias, as vossas preocupações, os vossos anseios, expetativas, também de quando em vez as vossas angústias”, apontou.

Como estudante da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa viveu “intensamente” e em “grupo” o tempo do Concílio Vaticano II (1962-1965), “sonhando com um Portugal diferente”.

“Em colaboração com crentes de outras crenças, ou não crentes, dentro de uma visão ecuménica desse Concílio, eu diria mais, própria do ser-se cristão”, salientou.

O presidente da República espera que os jovens alunos não deixem também agora de continuar a sonhar, depois de um período “que não é menos exigente, de saída da crise, por natureza longa, difícil e desigual”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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