Crise: «Feridas sociais» e «tragédia» do desemprego desafiam a Igreja

Mensagem de Páscoa do bispo de Aveiro apela à intervenção «lúcida e corajosa» dos católicos

Aveiro, 27 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro pediu hoje na sua mensagem de Páscoa que os católicos intervenham para curar as “feridas sociais e as dores humanas” provocadas pela atual crise que se vive em Portugal.

“As dificuldades por que passam as empresas e a tragédia do desemprego, que a todos nos aflige, exigem da Igreja uma intervenção lúcida e corajosa e uma presença fraterna e ativa”, refere D. António Francisco dos Santos, num texto enviado à Agência ECCLESIA.

O prelado pede a adesão da diocese à iniciativa de solidariedade que no próximo dia 11 vai levar voluntários a bater às portas para recolher bens alimentares e de higiene pessoal destinados “a cada uma das famílias carenciadas e às instituições de solidariedade social”.

“O mundo em que vivemos, especialmente a hora de crise que atravessamos e que atinge tantas pessoas e famílias, pede-nos gestos criativos e ações concretas de partilha e de fraternidade”, sustenta o bispo de Aveiro, na sua mensagem pascal.

D. António Francisco dos Santos convida as comunidades católicos a “viver e a multiplicar este milagre da solidariedade humana e da caridade cristã”.

“A Páscoa, vivida por uma Igreja que se quer pobre e ao serviço dos pobres, introduz os pobres no coração e na casa da Igreja que é sua casa também”, refere o texto.

O bispo de Aveiro deixa ainda uma saudação ao Papa Francisco, sublinhando que veio “abrir novos caminhos de anúncio e encanto do evangelho” num “momento difícil” da história da Igreja e “numa hora marcante da vida do mundo”.

“O nome que escolheu, inspirado em Francisco de Assis, é um programa de vida, onde a verdade, a simplicidade, a compaixão e a proximidade com os mais frágeis e mais pobres dão pleno sentido ao seu ministério e força profética à sua missão”, acrescenta.

O prelado diz que esta é “uma hora de alegria e de esperança para a Igreja e para o mundo” e conclui com um novo apelo: “Não calemos em nós as certezas da fé nem privatizemos para nós a alegria da Páscoa”.

OC

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