Crise ecológica afecta mais os pobres, lembra o Vaticano

O representante do Vaticano na ONU, D. Celestino Migliore, disse em Nova Iorque que a crise ecológica tem um maior impacto nos mais pobres, apanhados num “ciclo vicioso de pobreza e degradação ambiental”. “São os mais pobres que vivem em terras poluídas, em áreas próximas de depósitos tóxicos e em propriedades dos outros sem terem nenhum acesso aos serviços básicos”, alertou. Ao intervir perante a 62ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, o Arcebispo Migliore afirmou que é necessário dar prioridade às causa da defesa do ambiente e do desenvolvimento sustentável. Para o observador permanente da Santa Sé, a protecção do ambiente não deve ser considerada como oposta ao desenvolvimento, dado que “implica uma visão mais positiva da vida humana”. D. Migliore deixou ainda uma crítica aos que consideram o ser humano como “uma ameaça” para a Terra, sustentando que deve ser antes visto como “responsável pela protecção do ambiente” e lembrando a “aliança inseparável” entre vida humana e ambiente. Este responsável destacou a importância de “viver em harmonia com o ambiente” e juntar à causa ecológica a promoção da “justiça entre sociedades e nações”. “A degradação ambiental provocada por modelos de desenvolvimento económicofaz entender que o desenvolvimento não se realiza com um aumento meramente quantitativo de produção”, indicou.

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