O Inverno demográfico na Europa não se deve apenas à falta de políticas familiares, mas a uma pressão cultural, alertam os Bispos da Europa.
A posição é assumida na mensagem final da 40ª assembleia-geral do Conselho de Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que decorreu em Zagreb (Croácia).
Os prelados constatam que existe um claro decréscimo demográfico e afirmam que a sua verdadeira causa não é “o tipo de política familiar que os diversos países estabelecem”, ainda que “este tenha certamente uma influência”.
“Isso não parece ser suficiente para explicar a grave diminuição de natalidade que foi qualificada como ‘Inverno demográfico’, mas o clima cultural difundido, que incide muito nos comportamentos pessoais e sociais”, pode ler-se.
O CCEE aponta o dedo ao Conselho da Europa, “que quer limitar o direito à objecção de consciência dos médicos para facilitar o acesso ao aborto”.
A Igreja, sublinham, “não deixa de afirmar os valores fundamentais da vida, do matrimónio entre um homem e uma mulher, da família, da liberdade religiosa e educativa: valores sobre os quais se implanta e se garante qualquer outro valor no campo social e político”.
Nesse contextos, os membros do CCEE destacaram a importância do testemunho dos fiéis: “As muitas famílias que acolhem a presença de Jesus e vivem segundo a verdade da família, não deixam de dar testemunho da beleza e da correspondência do coração humano àquilo que a Igreja proclama, mostrando que é possível viver em família, como Cristo convida”.
Redacção/Zenit