Organização católica atenta aos desafios caritativos do Papa Francisco
Lisboa, 09 set 2014 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa criticou as consequências do que denomina de “escravatura dos mercados” financeiros na Europa que provocou um “condicionamento do futuro de muitas famílias”, em particular das classes média e baixa.
“Torna-se cada vez mais evidente a urgência em encontrar novas estratégias que não apenas nos libertem da ‘escravatura dos mercados’, mas também e, principalmente, que nos inspirem e nos motivem a encontrar alternativas credíveis para que surja uma civilização nova, mais alicerçada na valorização da Pessoa”, assinala a organização católica, em artigo publicado no Semanário ECCLESIA, numa edição dedicada ao 29.º encontro de Pastoral Social, que hoje se inicia em Fátima.
Os responsáveis da instituição explicam que “lutam contra o indiferentismo” face à atual situação de empobrecimento crescente, porque a “indiferença revela desprezo pela vida humana que a instituição “jamais calar”.
O artigo ‘Francisco: desafios à Caridade no atual contexto social e económico’ apresenta programas e projetos que são resposta aos desafios do Papa e às necessidades da sociedade portuguesa.
“A Cáritas, em Portugal, está atenta a todas as exortações que Francisco tem deixado ao mundo e disponível para aceitar os desafios delas decorrentes e nos últimos anos tem procurado ser fonte de inspiração para toda a sociedade civil”, revela a instituição católica.
Nesse sentido, a Cáritas Portuguesa destaca projetos como In Spira, Cria©tividade, +Próximo e Dar e Receber que são “algumas das tentativas” de concretizar iniciativas que “possam ir ao encontro das preocupações do Papa”.
Estas iniciativas apresentam-se “não como a única solução para os problemas” a “eliminar” mas como expressões da ação da Cáritas que pretendem ser a “força libertadora e promotora do desenvolvimento pessoal e sociolocal”.
A Cáritas assinala que o trabalho em rede, “feito com base na proximidade é a melhor forma de alcançar o sonho desta Igreja à luz da ‘nova evangelização” que “deve ter” no encontro com as periferias o “novo ardor” reclamado por São João Paulo II.
CB/OC