Crise: Caridade sem sentimentalismo

Moita, Setúbal, 11 out 2011 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) afirmou este domingo, na igreja paroquial da Moita, diocese de Setúbal, que “muito do que as instituições fazem na Igreja é caridade sem verdade, caindo em sentimentalismo”.

Alfredo Bruto da Costa falava numa conferência subordinada ao tema ‘A caridade na verdade’, que a paróquia promoveu para assinalar o vigésimo quinto aniversário do falecimento do Padre João Evangelista de Matos, pároco da Moita durante cerca de trinta anos.

Partindo de uma leitura da encíclica do Papa Bento XVI sobre o mesmo tema, Bruto da Costa fez uma apreciação do tema no contexto do nosso tempo de crise.

“A pobreza só é vencida se, para além de dar alimento, se conseguir resolver a sua carência”, referiu o conferencista, para quem “é preciso dar o peixe mais a cana” parafraseando a frase por vezes citada.

Salientando as características da caridade, aquele ex-professor universitário considerou que “caridade é dar ao outro aquilo que é meu, não fazendo sentido dar ao outro aquilo que é dele”, pois “partilhar é dar ao outro aquilo que lhe está destinado”.

Neste sentido, o presidente da CNJP acentuou que, muitas vezes, andamos a «roubar por omissão», não facultando o necessário a quem precisa do essencial.

A conferência foi uma espécie de abertura, em contexto paroquial, da celebração dos sessenta anos de criação do Centro Paroquial de Ação Social da Moita, que ocorre no próximo dia 1 de abril, tendo como grande mentor e dinamizador o padre João Evangelista.

ASC/OC

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