Crise: Cardeal-patriarca fala em «momento duro»

D. José Policarpo desafia a superar dificuldades e destaca sentido novo para a morte dado pela ressurreição de Jesus

Lisboa, 24 abr 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa assinalou hoje que a Páscoa deste ano chega “num momento duro para muitos portugueses”, convidando os católicos a ter “força para lutar e a coragem de esperar”.

“Se acreditarmos que Cristo está vivo, teremos força para tudo superar”, disse D. José Policarpo, na homilia da Missa do domingo de Páscoa, a que presidiu na sé da capital portuguesa.

O responsável destacou a importância do “amor dos irmãos, que é caridade” na ação dos fiéis, como testemunho daquilo em que acreditam.

“A fé em Cristo ressuscitado muda completamente a nossa vida. É que Ele não é apenas um morto que, por milagre, regressou á vida, como aconteceu a Lázaro, ao filho da viúva de Naim ou à filha de Jairo. Nele irrompeu a «nova vida», que rasga horizontes novos para a vida humana”, indicou.

O patriarca de Lisboa precisou que “acreditar na ressurreição significa dar um sentido novo à morte, considerá-la não como o termo da vida, mas uma passagem em ordem a outra etapa da vida”.

Na celebração mais importante do calendário litúrgico católico, o cardeal José Policarpo declarou que “aceitar a ressurreição de Cristo não é fruto de uma demonstração, mas do testemunho vivo de quem encontrou o ressuscitado”.

“O túmulo vazio era apenas um sinal de que algo de extraordinário tinha acontecido. O verdadeiro fundamento da fé na ressurreição é o encontro com o ressuscitado”, assinalou.

“Tem sido assim ao longo de 2000 anos. Acreditar no testemunho de quem acredita porque experimentou, embora o não possa provar”, prosseguiu.

O cardeal lisboeta admitiu que “hoje há muitas pessoas que já não acreditam na vida depois da morte”, mas disse que “na perspetiva cristã não basta aceitar uma qualquer forma de continuidade da vida”.

“Trata-se de acreditar que Cristo venceu a morte, ressuscitou dos mortos, e ressuscitar-nos-á com ele”, disse.

Neste contexto, o cardeal-patriarca referiu que é “urgente, na nova evangelização, anunciar aos homens de hoje que Cristo está vivo, venceu a morte, porque Deus o ressuscitou dos mortos”.

“A nova evangelização precisa de testemunhos, que tenham experimentado, na fé, a presença viva de Cristo vivo”, defendeu.

A celebração da Páscoa dá início a um período litúrgico de 50 dias, que se conclui com o Pentecostes.

OC

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Agência ECCLESIA

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