D. Manuel Clemente regressa ao Youtube pedindo mais e melhor emprego, com «respostas práticas e criativas» D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, alerta na sua mensagem de Quaresma 2009 para a tentação de “fechar ou despedir, com o pretexto da crise”. O prelado defende que na Quaresma deste ano deverá ser feito “o possível para criar postos de trabalho ou ajudar a mantê-los ,quando periguem”. A mensagem deixa uma palavra de estímulo aos “empresários e dadores de trabalho” que “resistem à tentação de fechar ou despedir, com o pretexto da crise” e “tudo fazem para que as suas empresas não encerrem, ou dispensem o menor número possível”. D. Manuel Clemente apela ainda “à consciência de quem não proceda deste modo, para que não lese a sociedade nem ofenda a Deus, condenando ao desemprego quem podia continuar a trabalhar”. Este responsável lembra que, com o resultado da renúncia quaresmal de 2008, foi criado o Fundo Social Diocesano, passando os 160 mil euros, “o que permitiu ajudar a Obra Diocesana de Promoção Social (mais apoio a famílias carenciadas), a Caritas Diocesana (acções de apoio a crianças em idade escolar) e Vida Norte (apoio à maternidade e à família)”. “Confio na generosidade de todos para que a renúncia desta Quaresma possa reforçar o Fundo Social Diocesano para novas acções de solidariedade, na caridade cristã”, assinala. Segundo D. Manuel Clemente, “no actual contexto social e económico, a conversão a Deus, que é a substância da Quaresma, tem de sublinhar a humanidade de todos e a sua necessária realização em cada um”. “Quer isto dizer que a Quaresma de 2009 em Portugal exige a correcta compreensão do significado do trabalho e o maior esforço para que ele não falte a ninguém. Tanto quanto possível, isto é, sem desistir nunca”, assegura o prelado. Para o Bispo do Porto, “o trabalho, de direito e de facto, não é exterior ao ser humano: é-lhe absolutamente indispensável e intrínseco, como realização pessoal”. “Reconhecemos que é pelo trabalho que as pessoas respondem às necessidades próprias e dos seus. É por isso imprescindível que a sociedade tudo encaminhe para esse bem essencial”, prosseguiu. D. Manuel Clemente mostra-se convicto de que “as comunidades cristãs saberão abrir espaços de proximidade e partilha, em que, além da resposta imediata e possível às solicitações de pobrezas antigas e novas, se originem porventura respostas práticas e criativas no sentido do trabalho e do emprego”. Vídeo Tal como fizera no Natal, o Bispo do Porto regressa ao canal da Diocese no YouTube (www.youtube.com/dioporto), apresentando em vídeo uma mensagem quaresmal em que admite que se vivem “tempos difíceis” na economia, na sociedade, no emprego. Após apelar à “oração, jejum e esmola” neste tempo da Quaresma, D. Manuel Clemente apela a estar atento aos outros, à imagem de Jesus, exemplo da “realização do bem”. O Bispo do Porto defende que, como sociedade, “temos de procurar uma vida mais austera, menos de gasto das coisas e mais de fruição delas, de modo que os bens cheguem para todos”. Assim, assegura, nascerá uma atitude mais centrada naquilo que “verdadeiramente interessa”, permitindo que “os bens cheguem para todos”. A mensagem conclui com um novo apelo à solidariedade, frisando que “todos devemos olhar para os meios que tenhamos para resolver esta problemática social”, com particular destaque para a criação e manutenção de emprego. Notícias relacionadas • Mensagem de Quaresma do Bispo do Porto