D. Manuel Quintas apela à mobilização dos católicos para encontrar respostas
Faro, 17 out 2011 (Ecclesia) – O bispo do Algarve considerou este domingo que Portugal se encontra num “beco”, do ponto de vista financeiro, apelando à mobilização dos católicos na construção de uma sociedade “melhor, mais justa e mais fraterna”.
“Convergimos para aqui por obra de muitas situações e movimentos. Não foi só uma pessoa que nos levou a isto ou um Governo ou dois. Foi, um pouco, a convulsão mundial”, disse D. Manuel Quintas, falando na missa de encerramento da sua visita pastoral à paróquia da Conceição de Faro.
O prelado admitiu que “em situações como esta, talvez seja melhor ralhar” e que as medidas previstas no Orçamento de Estado para 2012 deixaram os cidadãos “um bocadinho desnorteados”.
D. Manuel Quintas alertou que “estas convulsões têm o sentido de nos despertar para encontrar resposta para as situações em que nos encontramos” e que “ninguém deve dispensar-se” desse trabalho, porque a solução “não está numa pessoa só ou num grupo delas”, mas “em todos”.
“À luz da fé e do compromisso social, queremos contribuir para que este «beco» não seja sem saída e só terá saída se todos nos empenharmos, apoiarmos e estivermos atentos às necessidades uns dos outros”, complementou o bispo do Algarve, em declarações citadas pelo semanário diocesano «Folha do Domingo».
Os católicos, acrescentou, não podem viver à margem da sociedade, “com os pés desligados da terra”, alertando que a resposta às “situações concretas e pontuais que já existem vão continuar a existir e, talvez, aumentar”.
“A sociedade também somos nós. Temos direitos, mas também temos deveres”, alertou D. Manuel Quintas, apelando a que se saiba “integrar a oração e contemplação com a ação”.
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