Crise: Bispo de Leiria-Fátima propõe «estilo de vida mais sóbrio» e «solidário»

D. António Marto considera o Natal como uma oportunidade para a sociedade «crescer» na partilha de bens

Leiria, 09 dez 2011 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima defendeu hoje a adoção de um “estilo de vida mais sóbrio” e “solidário”, para viver o Natal de “modo mais autêntico e a dar-lhe uma importância acrescida” num tempo de crise.

“Não são só as soluções técnicas, os ajustamentos adaptados que põem fim a esta crise. São precisas mudanças culturais profundas, conversão de mentalidades, novos modos de vida pessoal, familiar, social”, escreve D. António Marto, numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

“Como boa parte da Europa, também o nosso país é atingido por uma crise de tremendas consequências sobejamente conhecidas”, indica o prelado.

A mensagem natalícia aponta para a oportunidade que se apresenta a cada indivíduo e comunidade de “crescer” na partilha de bens e talentos, sobretudo junto “das pessoas e famílias mais fragilizadas”.

Neste Natal, “há iniciativas concretas que nos incentivam e em que todos podemos facilmente participar”, salienta o bispo da diocese de Leiria-Fátima.

Um desses projetos inclui o Santuário de Fátima que vai canalizar para a Caritas Portuguesa as verbas obtidas junto dos seus visitantes e peregrinos, nas celebrações natalícias, no sentido de ajudar “os mais pobres e fragilizados”.

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, o Santuário de Fátima convida os seus visitantes e peregrinos, nas principais celebrações oficiais deste mês de dezembro a darem “provas de solidariedade e de partilha para com os mais necessitados”.

O Conselho Geral da Caritas Portuguesa apresentou a 13 de novembro um balanço da situação socioeconómica do país, alertando para o aumento do risco de pobreza entre as famílias.

Só nos primeiros dez meses de 2011, as Caritas diocesanas atenderam cerca de 28 mil famílias portuguesas, o que segundo aquele organismo católico, representa “um acréscimo significativo em relação ao mesmo período do ano anterior”.

D. António Marto pede, neste contexto, que “ninguém permaneça indiferente ao sofrimento” dos outros.

“Os gestos de solidariedade são sinais de esperança no meio da crise, ajudam a tornar o mundo mais humano, mais belo, mais cristão”, refere.

JCP/OC

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Agência ECCLESIA

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