Apelo lançado durante a 80ª Peregrinação da diocese ao Santuário de Fátima
Fátima, Santarém, 11 abr 2011 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima apelou este domingo a uma nova cultura política para enfrentar o “momento de crise gravíssima que Portugal está a atravessar”.
“Não haverá renascimento social sem uma nova cultura política, que assente nos valores da verdade, da honestidade – que afasta toda a corrupção, honestidade de consciência e de costumes – e da transparência que não esconde a verdade da situação ao seu povo”, disse o bispo António Marto.
Na missa a que presidiu no Santuário de Fátima por ocasião da 80ª Peregrinação da diocese ao local, este responsável afirmou que “não haverá um verdadeiro renascimento social sem um renascimento espiritual e moral”.
“Não se trata um tumor com uma aspirina ou com um cosmético”, alertou.
A diocese de Leiria-Fátima esteve em peregrinação no seu mais importante Santuário, território do distrito da Santarém, que o prelado classificou como um “coração espiritual”.
Na homilia da eucaristia dominical, o também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa convidou a “uma vida mais sóbria, que renuncia a um consumismo supérfluo, das coisas supérfluas”, uma “vida de mais exigência e de mais rigor, que renuncia à ilusão do facilitismo, de que tudo é fácil”.
O bispo de Leiria-Fátima falou da necessidade de “superar os particularismos dos interesses e dos jogos de poder e de privilégios partidários, e de superar a obsessão irracional e quase demencial de atribuir as culpas uns aos outros”.
Aos cristãos da diocese, António Marto deixou o desafio de serem “comunidades de fraternidade, onde todos se encontram em casa” onde todos “tenham capacidade de sofrer e de se sacrificar por aqueles que sofrem”.
Em conclusão, o prelado repetiu apelos em favor de “caminhos de diálogo, de colaboração e de consenso”, para “sair crise de emergência económica e social” em Portugal.
LDS/SISF/OC