Crise: Bispo de Beja critica aumento das desigualdades entre ricos e pobres

D. António Vitalino diz que há empresas a explorar trabalhadores

Beja, 27 mai 2013 (Ecclesia) – O bispo de Beja alertou hoje para o aumento das desigualdades entre ricos e pobres, criticando as empresas que estão a explorar os seus trabalhadores.

“Alguns cidadãos são cada vez mais ricos e outros mais pobres, dependentes e entregues à proteção de organizações sociais”, refere D. António Vitalino, na sua nota semanal, enviada à Agência ECCLESIA.

Segundo o prelado, algumas empresas “exploram os trabalhadores e os cidadãos delas dependentes”, sobretudo quando têm “o monopólio de alguns serviços e bens”.

Estas empresas, acrescenta, “acumulam milhões de lucros, fogem aos impostos através dos paraísos fiscais e o Estado nada mais sabe fazer que procurar os seus recursos junto de quem não pode fugir, ama o seu país e família”.

O bispo de Beja defende, por isso, a necessidade de harmonizar a legislação “com a constituição e os princípios fundamentais da ética” para construir “um pais que vive de acordo com as suas possibilidades”.

D. António Vitalino lamenta ainda que a Europa seja “cada vez mais materialista” e um continente em que crescem as desigualdades e o número de pobres.

“Basta olhar para a presente crise em Portugal e em muitos outros países do mundo, que põem em causa a organização da Europa, nobremente sonhada e pensada pelos seus fundadores, todos eles cristãos convictos”, sublinha.

A nota do prelado alude também a legislações emanadas dos parlamentos nos estados democráticos, que “por vezes cimentam desigualdades e atropelos à dignidade da pessoa humana e da família, célula da sociedade”.

“Os princípios da dignidade da pessoa humana, da família como património da humanidade, do destino universal dos bens e do bem comum, para além de outros, que abordaremos noutras notas, não são tidos na devida conta quando se organizam as estruturas sociais e se legisla”, sustenta.

OC

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