Crise: Bispo da Guarda considera «estranho» corte do rating de Portugal

Guarda, 12 jul 2011 (Ecclesia) – O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, considerou hoje que há motivos “encobertos” por detrás das decisões das agências de notação financeira, que têm penalizado Portugal.

“Espero que os nossos responsáveis, tanto nacionais como da conjuntura europeia, estejam à altura de dar a resposta certa no tempo certo a esta que é uma atitude do exterior que tem objetivos que não estão inteiramente confessados, mas são um bocadinho encobertos. É muito estranho, no mínimo estranho, e não sei entender”, referiu, em declarações à RR.

Quanto ao plano interno, D. Manuel Felício espera que haja coragem do Estado para colaborar com as entidades privadas.

“O discurso político das últimas semanas tem dado alguma esperança nesta matéria, dizendo que os recursos fracos que temos para aplicar em resposta das pensões sociais e das ajudas sociais, se forem conjugados com pessoas e instituições mais próximas, rendem mais. Tenhamos coragem de fazer essas parcerias, essas proximidades”, assinala.

A decisão de lançar um imposto especial sobre o subsídio de Natal é uma medida que não choca o bispo da Guarda, muito pelo contrário.

“Nem todos ganham o subsídio de Natal, no entanto vivem. Também é verdade que há empresas que na roda do ano dão aos seus empregados o equivalente a 22 meses, isso é um escândalo. Todas as atitudes que se tomem para aproximar os sacrifícios são positivos, queremos sacrifícios equitativos, bem distribuídos, e não iguais para todos”, afirmou D. Manuel Felício.

RR/OC

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