D. Jorge Ortiga inaugurou 29.º Encontro da Pastoral Social, em Fátima
Fátima, Santarém, 09 set 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social disse hoje que os católicos têm de estar presentes no mundo da política e na praça pública, para construir uma “sociedade nova”.
“Há quem diga que a Igreja não pode fazer política e use este argumento para impedir que ela intervenha nos problemas reais das pessoas, mas ela nunca será fiel ao seu fundador se não for capaz de edificar Reino através de palavras e de diversas iniciativas e de colaborar com todas as forças do bem presentes na sociedade”, disse D. Jorge Ortiga, em Fátima, na abertura do 29.º Encontro da Pastoral Social, a decorrer até quinta-feira.
O arcebispo primaz sustentou que a Igreja é chamada a pronunciar-se sobre as “situações complexas da vida hodierna”.
“O Evangelho nunca será Boa Nova sem esta visibilidade. Ele não pode ser colocado como doutrina que favorece simples meditações intimistas, tem uma força orientada para gerar uma sociedade nova”, observou.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana disse que além da construção deste “mundo novo”, é necessário denunciar as “negações da humanidade” e fazer com que “as forças da discriminação e da opressão não impeçam a felicidade dos mais vulneráveis”.
“Sair ao encontro das pessoas e dos problemas que as afetam é quanto o Papa Francisco nos desafia. Ele não se contenta com os formalismos entrincheirados na rotina que não vê e que passa ao lado”, prosseguiu.
D. Jorge Ortiga mostrou-se contrário a uma “perspetiva legalista” e realçou que ninguém se deixa fascinar por uma “caridade por receita”.
“O Evangelho reclama a criatividade de algo capaz de abraçar a vida como um todo e não apenas alguns aspetos singulares, como as circunstâncias de carência material”, referiu ainda.
Nesse sentido, o arcebispo de Braga deixou votos de que a mensagem católica ajude à “contínua transformação” da sociedade e à “promoção inclusiva” das pessoas.
OC