Crise agricola preocupa padres de Vila Real

Conselho presbiteral fez eco das dificuldades dos agricultores num quadro de desemprego e despovoamento Os presbíteros de Vila Real estão preocupados com a crise que os agricultores daquela região sentem. Reunidos na 65ª Assembleia, o Conselho Presbiteral afirmou que “a manter-se este quadro, a população dedicada à agricultura irá reduzir-se ainda mais com o consequente desemprego e o despovoamento das zonas rurais”. Os sacerdotes manifestam ainda “preocupação pelo reflexo da crise dos preços agrícolas mormente do azeite e da azeitona na região”. Mas a crise é extensível ao sector da batata, centeio, vinho, leite e carne. “Resta o da castanha que, não sendo abundante, é economicamente rentável”, assinalam os presbíteros, recordando o alerta que Bento XVI lançou no Dia Mundial da Paz. Um comunicado enviado à Agência ECCLESIA dá conta que os sacerdotes debateram ainda, na Assembleia, a presença dos leigos no mundo. Os presbíteros analisaram a função específica dos leigos “de inserção nas estruturas do espírito cristão, constituído pela competência profissional e a consciência ética”. A inserção “é cada vez mais difícil porque aparecem dissociadas as duas vertentes: a componente profissional é enquadrada numa perspectiva de protagonismo economicista sem os valores éticos da justiça social e do bem comum e a ética é por vezes substituída pela militância partidária e legalista”. Os presbíteros consideram que esta “desorientação” é sentida especialmente nas áreas da “saúde e da família, na área escolar e formação da juventude”. Neste sentido, a educação dos leigos nestes sectores “não poderá fazer-se unicamente nas actividades litúrgicas nem nas catequeses paroquiais, mas requer grupos de leigos e padres assistentes devidamente preparados”. Como consequência, a diocese quer “reorganizar os secretariados tendo em conta as realidades de cada zona pastoral e o espírito de comunhão diocesano”.

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