D. Manuel Linda presidiu à Missa que assinalou Dia Nacional da Cáritas
Lisboa, 23 mar 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Linda, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, presidiu hoje à Missa que assinalou Dia Nacional da Cáritas 2014, pedindo que os católicos promovam a partilha de bens e trabalho.
“Queria, da minha parte, deixar apenas um apelo: que a luta contra a fome, sempre que possível, passe pela oferta de trabalho”, referiu o bispo das Forças Armadas e de Segurança, durante a celebração que decorreu na igreja de Cristo-Rei, na Portela (Patriarcado de Lisboa).
O Dia Nacional da organização católica tem como lema ‘Unidos no amor, juntos contra a fome’, associando-se a uma campanha da Cáritas Internacional pelo “direito inalienável de todos à alimentação condigna”, para “combater a fome e lutar contra o desperdício alimentar”.
D. Manuel Linda falou no “flagelo do desemprego” como “maior causador de empobrecimento social”.
“Por isso, um emprego não só gera novas condições de vida para o próprio, mas também acaba por pôr a economia a funcionar, pois o produtor transforma-se num consumidor com poder de compra”, observou.
Nesse contexto, o bispo dirigiu-se em particular, aos “pequenos e médios investidores, particularmente se cristãos”, por entender que “não vale a pena perder latim com quem dita as regras férreas do mercado e com quem não conhece outra linguagem que não seja a do lucro”.
“Sede ousados na generosidade”, apelou.
O prelado advertiu para o “egoísmo” individual e para a construção coletiva de “uma cultura da indiferença, da insolidariedade e da não responsabilização pelas condições de vida do semelhante, do «salve-se quem puder»”.
“Em que consiste o dom de Deus ou salvação? Nesta capacidade de olhar de frente, olhos no rosto, e de descobrir no outro um irmão”, precisou.
Segundo o responsável, é para contrabalançar esta mentalidade que a Igreja criou a Cáritas, que “não existe somente para atuar em situações de emergência”.
“O centro da sua missão está no lembrar aos cristãos e mesmo aos homens e mulheres de boa vontade que a fé que professamos é inseparável daquele «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» que se tem de traduzir em gestos de solidariedade e de partilha”, sublinhou.
D. Manuel Linda encerrou homilia citando o Papa Francisco, para o qual “existe um laço indissolúvel entre a fé e os necessitados”.
“Redescobri-lo é uma tarefa urgente que devíamos levar muito a sério neste Dia da Cáritas, celebrado em tempo de Quaresma”, concluiu o bispo das Forças Armadas e de Segurança.
OC