Crianças desfavorecidas recebem férias diferentes e animadas

Cerca de 100 crianças estão a passar um Verão diferente, no âmbito do Projecto Com Vida, promovido pela Cáritas Diocesana de Viseu. Praia, visitas temáticas, passeios, desportos radicais e piscina, estão entre as propostas disponibilizadas aos mais novos. As actividades envolvem ainda quatro monitores – um técnico de educação física, um animador, um psicólogo e uma socióloga – que asseguram o acompanhamento aos participantes e estiveram com os mais novos numa colónia de férias em Almograve. Durante seis dias, as crianças puderam, entre outras acções, visitar a Ilha do Pessegueiro, o Badoca Safari Park e andar de barco. De acordo com Ana Gomes, coordenadora do Projecto, até ao final do mês haverá campos de férias não residenciais para grupos com cerca de 14 beneficiários. As actividades têm decorrido com muita animação e houve ainda tempo para passar pela Escola Móvel de Trânsito de Sernancelhe (através um protocolo com o Progride – Progredir em Igualdade e Cidadania), pela Biblioteca Joanina de Coimbra, na praias fluvial da Folgosa, no parque ViVaVentura de Cativelos, e pela praia na Figueira da Foz e na Barra, em Aveiro. Os participantes de Torredeita, Couto de Baixo, Boaldeia e Farminhão estiveram envolvidos em actividades de windsurf e caiaque. “Tentamos introduzir sempre algo novo”, explica a responsável, adiantando que, se não for desta forma, há muitas crianças que não vão à praia. Na próxima semana, será a vez de passearem os meninos de Vila Chã de Sá, Fail e S. Salvador. O primeiro dia será dedicado à dinâmica de grupo e aos jogos tradicionais e, porque “não há só brincadeira”, estão programadas visitas de âmbito cultural. Integrar é a principal aposta Relativamente à importância das acções, Ana Gomes frisa que se trata de uma forma de “dar auto-confiança e auto-estima às crianças, possibilitando-lhes o estabelecimento de relações interpessoais com os colegas e com os monitores”. “Vivem um dia-a-dia diferente, passam em sítios e por experiências únicas e abrem novos horizontes”, refere a técnica, realçando que o facto de muitos dos participantes estarem fechados nas aldeias onde vivem, faz com que tenham, por exemplo, poucas perspectivas em relação ao seu futuro profissional. Além disso, destaca as repercussões positivas para o desenvolvimento integral dos mais novos e para os integrar na sociedade. “Apesar de serem provenientes de meios desfavorecidos, queremos que se sintam iguais”, realça. Programa não pára Enquanto os beneficiários do programa participam nas diversas iniciativas, o Projecto mantém as suas actividades normais, nomeadamente o atendimento na área da Psicologia, as acções de sensibilização, as visitas domiciliárias, a requalificação das habitações e os ateliers “adultos em tempos livres”, durante os quais são desenvolvidos trabalhos manuais. Redacção/Diário de Viseu

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Agência ECCLESIA

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