Em certas zonas da diocese «o desemprego triplicou» – conclui um estudo do Secretariado da Pastoral Social e Caritativa. “A criação de uma espécie de Observatório Social no Porto” foi uma proposta feita no encontro das instituições de erecção canónica nesta diocese e o Secretariado diocesano de Pastoral Social e Caritativa “aceitou o desafio” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Lino Maia, Presidente da CNIS e do Secretariado diocesano de Pastoral Social e Caritativa. Este Observatório Social procurará “ser um reservatório das iniciativas, um banco de dados para apoiarem as instituições e prestará também apoio jurídico às mesmas” – realçou. Realizado na Casa do Vilar daquela cidade, neste encontro apresentou-se um estudo sobre o que aquelas instituições fazem nesta área da pastoral. Com cerca de duzentas respostas, verificou-se que as respostas existentes são as «tipificadas» (Lares de Idosos e Infantários) e não há algo de muito novo. “O problema maior da diocese reside no desemprego e temos zonas onde a taxa é muito grande. Nos últimos cinco anos tivemos zonas onde o desemprego triplicou” – denunciou o Pe. Lino Maia. O isolamento de idosos, os bairros sociais que estão a “transformar-se em guetos que a curto prazo poderão trazer problemas” foram outras conclusões retiradas do inquérito. situações que exigem uma “crescente intervenção das instituições da Igreja”. O estudo foi realizado pela Universidade Católica portuguesa e pretende conhecer as respostas de acção social dadas ao nível da Diocese do Porto pelas instituições ligadas à Igreja. Da parte das instituições, estas esperam que o secretariado provoque “a comunhão entre elas e a defesa da matriz cristã nestas”. E acrescenta: “não se vê a necessidade de criar uma união que represente as instituições de erecção canónica. Elas vêem-se bem representadas na CNIS e na União das Misericórdias”. Insistiu-se ainda que estes organismos defendam a matriz cristã “pugnando quatro valores: a fé e a abertura ao transcendente, família, amor e a perfeição” – salientou aquele responsável.