João Paulo II manifestou este sábado a sua satisfação pela “crescente presença, em todo o mundo, de movimentos a favor da família e da vida”. O Papa recebia em audiência os participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício para a família, que encerrou os seus trabalhos neste sábado. Nesta ocasião, aproveitou o ensejo para renovar os seus apelos em defesa da família e da vida, afirmando que “a família, fundada no matrimónio, é uma instituição natural e insubstituível e um elemento fundamental para o bem comum de qualquer sociedade”. “Quem destrói este tecido fundamental da convivência humana, não respeitando a sua identidade (…) causa uma ferida profunda à sociedade e provoca-lhe danos irreparáveis”, assinalou, numa clara crítica aos projectos de legalização das uniões homossexuais e da adopção de menores por esses casais. Referindo-se ao tema debatido – a missão dos casais maduros e experimentados em relação aos noivos e jovens casais – o Papa encorajou um compromisso renovado em favor das famílias jovens, tendo recomendado que a acção pastoral da Igreja lhes dedique uma atenção especial, de modo a que possam “viver responsavelmente o seu amor conjugal e corresponder às exigências da comunhão e do serviço à vida”. João Paulo II deixou o desejo de que os jovens cônjuges “saibam acolher cordialmente e valorizar a ajuda discreta, delicada e generosa de outros casais”.