Bernardo Pizarro Miranda afirma-se «saudavelmente transgressor». Aprendeu com a vida que nem todos os sinais vermelhos são para parar e que foi Jesus quem primeiro mostrou que é importante pensar acima da lei.
O padre jesuíta António Lopes, com quem aprendeu em casa e celebrar a liturgia e a ter lugar na homilia, foi tão importante no seu crescimento como Sophia de Mello Breyner Andresen, a quem regressa, seja para encontrar a «sabedoria do carvalho» ou o «cheiro das flores», como para recordar momentos de leitura aos filhos, ou lhe confirmar que a beleza «é a primeira condição do humano».
O arquiteto, para quem a tese de doutoramento «Liturgia e Arquitectura. Pensar um lugar para a liturgia: o ‘aggiornamento’ como programa?», da sua autoria, foi muito sofrida, aponta para a construção de uma ‘Igreja hospital de campanha’ feita com elementos “incómodos”, que celebre nomes, rostos e pertenças, e convide à beleza, “primeira condição do humano”.