No Angelus, o Papa advertiu para o perigo do retorno de «nacionalismos que tantas consequências trágicas produziram» Bento XVI registou “preocupação pela crescente tensão” registada a nível internacional. No Angelus deste Domingo, o Papa afirmou que acompanha “com amargura, o risco de um progressivo deterioramento no clima de confiança e de colaboração entre as Nações”, sentimentos estes que deveriam caracterizar as relações internacionais. “É preciso aprofundar a consciência de que todos fazemos parte do mesmo destino, que, em última instância, é um destino transcendente, para evitar o regresso a contraposições nacionalistas que tantas consequências trágicas produziram noutras épocas históricas”. O Papa afirmou que “recentes acontecimentos enfraqueceram em muitos a confiança de que semelhantes experiências pertencessem definitivamente ao passado. Mas é não podemos ceder ao pessimismo! É preciso, sobretudo, empenharmo-nos activamente para que seja afastada a tentação de enfrentar novas situações com velhos sistemas. A violência deve ser repudiada”, sublinhou. Bento XVI indicou que a força moral do direito, o tratamento equitativo e transparente para diminuir controvérsias, “de onde se fundam as relações entre a integridade territorial e a determinação dos povos”, a procura do bem comum, como alguns princípios “que devemos percorrer, com tenacidade e criatividade, para construir relações fecundas e sinceras e para assegurar aos presentes e às futuras gerações um tempo de concórdia e de progresso moral e cívico”. “Transformemos estes pensamentos e desejos para que todos os que trabalham pela comunidade internacional, tenham a grande responsabilidade e queiram trabalhar com generosidade para restaurar os ideais de paz e justiça”. No Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, antes da recitação do Angelus, Bento XVI apontou a responsabilidade de todo o povo na construção da missão que Deus confiou a Pedro, mas a que todos os povos são chamados para actualizar e concretizar “tornando a humanidade numa única família”. Saudando os peregrino presentes no Palácio Apostólico, Bento XVI quis sublinhar, aos peregrinos de língua espanhola, as suas orações pelo “eterno descanso dos falecidos no trágico acidente aéreo e também aos feridos”. “Que o Senhor conceda fortaleza, consolo e esperança às famílias”.