Carta assinala 25 anos da Exortação Apostólica «Vita Consecrata», do Papa São João Paulo II
Cidade do Vaticano, 25 mar 2021 (Ecclesia) – O Vaticano assinala hoje, com uma carta, os 25 anos da Exortação Apostólica ‘Vita Consecrata’, de São João Paulo II, pedindo aos membros dos Institutos de Vida Consagrada que ofereçam “sentido de esperança” à sociedade marcada pela pandemia.
“Os consagrados e consagradas são pessoalmente chamados a despertar em todos o sentido da esperança”, refere o texto da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
A carta assinada pelo cardeal brasileiro D. João Braz de Aviz, responsável pelo organismo da Santa Sé, sublinha que a Igreja Católica está solidária com todos os consagrados, “não somente por causa do evento pandémico, mas especialmente pelas suas consequências” que os afetam de perto, “nos acontecimentos quotidianos da comunidade civil e eclesial”.
A exortação apostólica sobre a Vida Consagrada foi fruto da reflexão da IX Assembleia do Sínodo dos Bispos, celebrada em outubro de 1994 e nasceu, segundo a carta enviada hoje à Agência ECCLESIA, “em tempos de grande incerteza e numa sociedade líquida, com identidades confusas e laços de pertença enfraquecidos”.
Na Igreja Católica, a Vida Consagrada é constituída por homens e mulheres que se comprometeram, pública e oficialmente, a viver (indivualmente ou em comunidade) os votos de pobreza, castidade e obediência para toda a vida; hoje inclui leigos, sacerdotes, religiosas e religiosos.
Os responsáveis do Vaticano recordam que consagrados e consagradas são chamados a cuidar do próximo, numa vida que “não se opõe aos valores do mundo e à sede universal de felicidade, mas, pelo contrário, diz a todos o quanto ser pobre, casto e obediente tem um poder humanizador”.
“Hoje a vida consagrada sente-se ‘mais pobre’ do que no passado, mas — pela graça — vive bem mais a relação com a Igreja e o mundo, com quem crê e com quem não crê, com quem sofre e está só”, acrescenta o documento.
A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica realça a necessidade de uma “formação integral” para integrar nos vários institutos “pessoas íntegras, que aprenderam a evangelizar sua sensibilidade, a amar a Deus com um coração humano e a amar o homem com um coração divino”.
“Os consagrados e consagradas devem despertar em si mesmos, mas sobretudo nos homens e mulheres de nosso tempo, a atração pelo Belo”, aponta a carta.
OC