A estratégia da Bluepharma, que tem 700 colaboradores, nunca parou a atividade no tempo de confinamento e aposta na «política dos três is»
Coimbra, 10 out 2020 (Ecclesia) – O presidente do Conselho de Administração da Bluepharma disse à Agência ECCLESIA que a estratégia para a atividade empresarial no contexto da pandemia passou por “dar prioridade às pessoas” e criar um clima de “responsabilidade e confiança”.
“Em primeiro lugar estão sempre as pessoas”, afirmou Paulo Barradas Rebelo, que sublinhou também a necessidade de ”falar verdade, partilhar com as pessoas os sucessos e principalmente os insucessos” e criar um “clima de responsabilidade e confiança”.
A Bluepharma é um grupo farmacêutico situado no Concelho de Coimbra, 20 anos de existência criou 20 empresas, tinha 58 colaboradores em 2001 e atualmente tem 700 e, diante da pandemia Covid-19, viu-se na necessidade de “dar a volta” a métodos de trabalho e rotinas de presença nas empresas.
Paulo Barradas Rebelo, que é também presidente do núcleo de Coimbra da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) lembrou que no dia em que se apercebeu que a pandemia era uma situação “muito grava”, a empresa tomou medidas e, no dia seguinte, “metade das pessoas foram colocadas em casa” em teletrabalho.
O presidente do Conselho de Administração da Bluepharma diz que agora os colaboradores da empresa estão num “sistema misto”, trabalho na empresa e teletrabalho, a laboração contínua é feita em turnos de 6h30 para que os grupos não se cruzem e seja possível “fazer uma higienização mais agressiva dos locais de trabalho”, e foi alargado o período de refeições, assim como o incentivo ao uso de máscara, não só dentro da empresa, como já acontecia antes da pandemia, mas também no exterior.
“A nossa missão é de saúde pública, produzir medicamentos. Não podemos deixar faltar os medicamentos nas farmácias. No dia em que faltarem os medicamentos nas farmácias, os alimentos, os médicos, aí vamos todos para casa”, afirmou.
O presidente do Conselho de Administração da Bluepharma lembrou a responsabilidade da empresa sobre as sete centenas de colaboradores, sublinhando a estratégia da internacionalização da marca para garantir os postos de trabalho.
“Eu costumo dizer: por cada caixinha que exportamos, é um posto de trabalho que criamos no nosso país”, afirmou.
Paulo Barradas Rebelo disse que a empresa segue a política dos três ‘is’, “investir para inovar para internacionalizar”, e referiu que os membros do grupo são “obcecados pela qualidade”.
A estratégia da Bluepharma para garantir a continuidade do trabalho em tempos de pandemia é um dos exemplos apresentados no programa 70×7 deste domingo; o programa, que é emitido na RTP2 às 17h30, mostra também a forma como a Escola Luís de Camões, em Lisboa, planeou o regresso ao ambiente o escolar, o modo como aconteceu o recomeço da catequese em Miranda do Corvo e o “ato de coragem” da Diocese de Coimbra ao criar uma nova paróquia.
CB/PR