Lisboa, 22 jun 2020 (Ecclesia) – O presidente da República participou este sábado numa ação de sensibilização da juventude para prevenir a pandemia Covid-19, promovida pelo Conselho Nacional de Juventude (CNJ) com o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e Associação de Escoteiros de Portugal (AEP), em Queluz.
“A ideia é mostrar que a juventude está na primeira linha no combate à pandemia. Não há aquela ideia, que por vezes há muito estúpida e muito falsa, de que na primeira linha estão aqueles que são mais velhos ou menos jovens, nos quais me incluo, e que a juventude vive num mundo à parte e que, nesse mundo à parte, não há pandemia ou não está motivada pela pandemia”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em conferência de imprensa, no Parque Urbano Felício Loureiro em Queluz, Sintra.
Na informação divulgada pela Presidência da República, o chefe de Estado português explicou que a ação de rua serviu para explicar aos jovens que, “com pequenos sinais, sinais simbólicos”, “têm um papel fundamental” porque são mais jovens e “têm de dar o exemplo, têm mais futuro à frente, têm de dar o exemplo “do distanciamento, de não haver ajuntamentos”, de não fazer “aquilo que apetece fazer que é ir amontoados para as praias, para festas” e “obrigam as autoridades a intervir”.
“O apelo que vocês aqui fizeram, e que eu apoio, é: Jovens ajudem ainda mais nesta fase, que vocês têm capacidade de dar mais exemplo do que os outros ainda; Vamos todos ajudar um bocadinho mais porque todos ajudamos com isso”, desenvolveu, observando que “há minorias que, de vez em quando, de repente nesta fase de desconfinamento acham que já passou a pandemia, que não há vírus, mas isso é falso”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, na iniciativa promovida pelo Conselho Nacional de Juventude com o CNE e a AEP, encontraram “uma recetividade enorme, enorme”, e deu como exemplo uns jovens que estavam a jogar futebol, que “não podiam obviamente usar máscara”, mas “todos imediatamente à volta usavam ou perceberam que tinham no bolso e deviam usar ou não tinham porque se tinham esquecido”.
A campanha de rua contou também com a presença da ministra da Saúda, Marta Temido, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e o presidente do Município de Sintra, Basílio Horta.
O Corpo Nacional de Escutas recorda que a região de Lisboa e Vale do Tejo representa 75% dos casos de Covid-19 em Portugal e o desafio foi jovens sensibilizarem outros jovens.
“Os jovens estiveram em sítios estratégicos – onde se vê grupos de jovens em aglomerado – e abordaram os seus pares para sensibilizarem para a importância de utilizarem Equipamentos de Proteção Individual. Distribuíram máscaras e desinfetaram centenas de mãos, cartazes e flyers pelas ruas, de modo a que a mensagem fique exposta durante os próximos dias”, explicou o chefe regional de Lisboa do CNE, João Esteves, divulga a revista ‘Flor de Lis’.
O secretário nacional do Ambiente e Sustentabilidade do CNE realçou que os jovens “sentem este apelo do regresso à normalidade com mais ansiedade e precipitação”, e são precisos “todos os apelos” para que mantenham “todas as regras de segurança e proteção”.
José Rodrigues salientou ainda que ajudaram “a passar a mensagem de jovens para jovens”, numa linguagem mais próxima e mais facilmente assimilável, “reforçando ainda a necessidade” de proteção e não serem “agentes de contaminação para familiares e amigos”.
O Conselho Nacional de Juventude, que promoveu a ação de rua, reafirma que “os jovens podem ser o exemplo na luta contra a pandemia e na revitalização do país” e está a dinamizar a campanha #cuidadeportugal, em parceria com o Corpo Nacional de Escutas e Associação de Escoteiros de Portugal, com o apoio do Ministério da Saúde e da Direção Geral da Saúde.
CB