Vice-presidente da Confederação Portuguesa do setor diz que há respostas para limitações impostas pela crise sanitária
Lisboa, 03 Dez 2020 (Ecclesia) – A vice-presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV) reconheceu que a pandemia de Covid-19 trouxe “muita retrações”, neste setor, com as limitações impostas pela crise sanitária.
“Muitas pessoas deixaram projetos a meio, mas pouco a pouco essa realidade foi abrindo” e “adotando um conjunto de medidas que acabamos de recomendar”, disse Susana Queiroga à Agência ECCLESIA.
Em entrevista a respeito do Dia Internacional do Voluntariado (05 de dezembro), este ano com o tema ‘Voluntário para um futuro inclusivo’, a responsável defendeu uma sociedade “mais inclusiva” e o voluntariado “pode ser, esse, quebra barreiras”.
Atualmente, o voluntariado está “muito centrado” nas respostas emergentes “nomeadamente a questão da pobreza” e apoio a pessoas “que estejam em situação de confinamento e que não tenham familiares” para os acompanhar.
“Mesmo em tempo de pandemia é possível fazer algum apoio”, por exemplo através de telefonemas a pessoas que possam “estar em isolamento”, sublinhou Susana Queiroga.
Para combater a solidão das pessoas surgiram “várias iniciativas”, mas algumas delas surgiram “de situações espontâneas”.
A Confederação Portuguesa de Voluntariado apostou em duas iniciativas, de “apoio a pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade social” e também na “área da saúde mental”, frisou a entrevistada.
Susana Queiroga, que trabalha no Instituto de São João de Deus, referiu que a instituição “tem uma estratégia” definida, porque os voluntários naquele local “têm uma média de idade que entra naquela população de risco”.
“Tivemos uma dupla proteção” e “as equipas começaram a trabalhar em espelho”, acentuou.
Ao nível de projetos de voluntariado que chegaram à CPV neste período pandémico, Susana Queiroga realça que existiu “um aumento de situações e número de respostas”.
No dia 5 de dezembro, a CPV dá a conhecer o troféu português do voluntariado que teve “27 candidaturas no contexto nacional”.
Para a vice-presidente da Confederação, o voluntariado tem “muito peso” e representa cerca de 1% do PIB (Produto Interno Bruto), permitindo “dar respostas concretas e sem bloqueios”
“O voluntariado é uma resposta de cidadania”, concluiu Susana Queiroga, numa entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
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