Novos surtos em lares geram preocupação
Lisboa, 06 ago 2021 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu a realização de teste de imunidade “em larga escala”, perante o surgimento de novos surtos em lares.
“Penso que era de todo conveniente que fossem feitos testes a todos os utentes de lares novamente porque estamos a ver que a vacina, sendo muito importante, não é 100% eficaz e sobretudo não é 100% eterna, pelo menos parece”, refere o padre Lino Maia, em declarações divulgadas pela Renascença.
Segundo o sacerdote, depois desses testes deve ser feita uma avaliação e ponderar a “possibilidade de uma terceira toma da vacina”.
O presidente da CNIS considera necessário tornar obrigatória a vacina contra a Covid-19 para todos os que trabalham com os mais vulneráveis.
“Moralmente já são obrigados a vacinarem-se, mas legalmente não são”, indica.
Também o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) sugeriu “testes à imunidade” nos lares e a possibilidade de uma terceira dose das vacinas.
Manuel Lemos disse à agência Lusa que o surto no lar da Santa Casa de Proença-a-Nova, com 127 casos ativos (22 trabalhadores e 105 utentes diagnosticados com o vírus), é o que suscita mais atenção, mas sublinhou que “a situação está controlada”.
O presidente da UMP indicou que as pessoas infetadas foram “das primeiras a serem vacinadas, há mais tempo” e apelou à calma, sublinhando que estes surtos não têm a dimensão do que se verificou em fevereiro, quando chegou a haver 12 mil casos ativos em lares.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram mais de 17 mil pessoas em Portugal por causa da Covid-19.
OC