Missa do Dia Mundial do Doente, presidida por D. António Marto, evocou vítimas da doença, profissionais de saúde e cuidadores
Fátima, 11 fev 2021 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima recebeu hoje uma celebração especial pelas vítimas da Covid-19, os profissionais de saúde e os cuidadores de todo o país, evocando o impacto da pandemia.
“A pandemia constitui um choque, um abalo, que nos faz sentir mais agudamente a fragilidade da vida. Verificamos como a doença abre em todos muitas feridas e acarreta muitos sofrimentos: feridas do medo da doença, da dor, do isolamento, da solidão, do receio de perder o emprego, da angústia da morte”, disse D. António Marto, na homilia da Missa a que presidiu pelo Dia Mundial do Doente.
A Eucaristia, promovida pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), decorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e teve transmissão online.
O cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, recordou as mortes “na maior solidão” e o luto “suspenso e amargo”, nesta pandemia, com “histórias de doenças, de sofrimento, de luto, de desânimo e desalento, de verdadeira cruz”.
“Encontramos deste modo muitas feridas físicas, psíquicas e espirituais que invocam reconhecimento, partilha e cura. São brechas a reparar e feridas a curar”, apontou o responsável.
O cardeal saudou “todos os doentes, a todos os profissionais de saúde, a todos os cuidadores e a todos os que garantem serviços e bens essenciais”.
“Em nome pessoal e dos bispos portugueses, desejo saudar e fazer chegar a todos a nossa proximidade, o nosso grande afeto, o apoio da nossa oração”, disse.
O bispo de Leiria-Fátima desafiou as comunidades católicas a acompanhar os doentes, para que “ninguém se sinta só nem abandonado”.
A intervenção falou ainda da vacina contra a Covid-19 como “uma luz para sair da pandemia” e convidou todos a ter “fé em Deus e na sua bondade”.
“O mundo do sofrimento clama pelo mundo do amor. É o amor que nos dá olhos para ver, um coração para ser sensíveis, inteligência para ser criativos de cuidados e terapias e mãos para levar ajuda”, apontou D. António Marto.
Como referido na nota da CEP sobre a celebração do Dia Mundial do Doente, a Eucaristia teve uma “prece pelos profissionais de saúde e por todos os cuidadores formais e informais que, neste contexto, estão na linha da frente na luta contra a pandemia e no cuidado ao próximo”.
A celebração encerrou-se com uma oração a Nossa Senhora de Fátima, pelo fim da pandemia.
D. António Marto partilha hoje, com a Agência ECCLESIA, a sua experiência pessoal de internamento, assinalando o Dia Mundial do Doente.
OC
Abençoai os doentes,
e quem nestes dias vive no temor, as pessoas que a eles se dedicam com amor e coragem, as famílias com os pequeninos e os mais idosos, a Igreja e a humanidade inteira. Ensinai-nos ainda, ó Mãe, a fazer em cada dia o que o vosso Filho diz à sua Igreja. Lembrai-nos, hoje e sempre, na provação e na alegria, que Jesus carregou sobre si os nossos sofrimentos suportou as nossas dores, e com o seu sacrifício acendeu no mundo a esperança de uma vida que não morre. Senhora de Fátima, Saúde dos enfermos, nossa Mãe e Mãe de todos os homens, rogai por nós. (Conclusão da oração a Nossa Senhora, Missa do Dia Mundial do Doente) |