Semana Nacional Cáritas centra atenções nas pessoas mais afetadas pela pandemia
Lisboa, 28 fev 2021 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana afirmou que a Igreja Católica tem registado um aumento dos pedidos de ajuda, desde o início da pandemia, e quer responder à atual crise social e económica.
“As coisas não ficam resolvidas de um momento para o outro, e faremos tudo o que for possível para apoiar as pessoas”, refere D. José Traquina, na entrevista conjunta Renascença/ECCLESIA que é emitida e publicada hoje, primeiro dia da Semana Nacional Cáritas.
“A Cáritas mantém-se disponível para desenvolver a solidariedade de quem pode apoiar e colaborar com as pessoas que precisam desse apoio”, acrescenta.
O bispo de Santarém sublinha que, por todo o país, as necessidades aumentaram, “sobretudo por causa das pessoas que ficaram sem emprego”, em particular com “dificuldades nas rendas de casa, pagamento de água e luz”.
“São dificuldades relacionadas com o rendimento das pessoas, a que foi preciso atender, manifestando a maior atenção a cada situação. Procura-se corresponder às dificuldades que as pessoas vivem”, assinala o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
O responsável alerta para a existência de “pobreza envergonhada”, elogiando o “cuidado de proximidade” que se foi desenvolvendo na resposta à crise.
D. José Traquina espera que o Governo dê “sinais” para o desconfinamento, respondendo à preocupação e expectativas da população.
Quanto à “bazuca” europeia, o bispo de Santarém espera apoio para o setor social, que vive um momento “complicado”, respondendo também às dificuldades das famílias.
O responsável católico admite que a Cáritas Portuguesa encontra dificuldades de financiamento, após dois anos sem peditório público nem ofertório das Missas dominicais, apelando à colaboração na recolha de donativos que foi lançada através da internet.
Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)