Confederação internacional fala em «direito básico» e pede aposta em produção local, na defesa da saúde das populações
Genebra, 26 fev 2021 (Ecclesia) – A Confederação Internacional da Cáritas apelou, junto das Nações Unidas, à distribuição de vacinas contra a Covid-19 em países pobres, com programas que apostem na sua produção local.
“É nossa firme convicção que o acesso às vacinas contra a pandemia é um direito básico, mas em muitos desses países não será automático”, advertiu Aloysius John, secretário-geral da ‘Caritas Internationalis’, falando na 46ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que decorre até 23 de março.
A confederação internacional de organizações católicas de solidariedade e ação humanitária defendeu medias que permitam levar a vacina às áreas mais remotas, “garantindo mecanismos de armazenamento”.
Após agradecer o compromisso da comunidade internacional neste esforço de partilhar as vacinas, Aloysius John sublinhou que é necessário, face à atual crise, “empreender a remissão da dívida dos países mais pobres e alocar fundos para fortalecer os seus sistemas nacionais de saúde”.
A ‘Caritas Internationalis’ desafiou governantes e responsáveis políticos a “colocar o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana no centro da recuperação da pandemia, garantindo acesso fácil e igual às vacinas”.
A organização convida a “promover a produção local de vacinas na África, América Latina e Ásia nos próximos seis meses”.
“A colaboração técnica com as nações mais pobres e as questões relacionadas com as patentes, como um bem comum, devem ser tratadas com urgência”, assinalou o secretário-geral da ‘Caritas Internationalis’.
O responsável sublinhou ainda a necessidade de reforçar o papel das organizações da sociedade para garantir “uma consciencialização cuidadosa das comunidades locais sobre cuidados preventivos”.
OC
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